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Obama envia altos dirigentes para explicar Líbia ao Congresso

Os secretários Hillary Clinton e Robert Gates e o comandante militar Mike Mullen tiveram que explicar as operações dos EUA contra o governo de Kadafi

Obama e Hillary Clinton: pressão do Congresso contra ações na Líbia (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de março de 2011 às 16h49.

Washington - O presidente Barack Obama enviou nesta quarta-feira seus principais assessores ao Congresso, em Washington, com a missão de explicar a operação militar americana na Líbia aos políticos. O novo conflito soma-se às guerra no Iraque e no Afeganistão.

A secretária de Estado Hillary Clinton, o secretário de Defesa Robert Gates, o diretor de inteligência James Clapper e o militar americano de mais alta patente, o Almirante Mike Mullen, apresentam nesta quarta-feira a portas fechadas um relatório sobre a situação aos legisladores das duas Câmaras.

Vários parlamentares, republicanos e democratas, lamentaram nos últimos dias que o presidente Obama não tenha buscado a aprovação do Congresso, antes de lançar a operação na Líbia.

Além disso, muitos políticos dos dois partidos e das duas câmaras exprimiram suas preocupações em relação aos objetivos, à duração e ao custo das operações.

Uma primeira reunião estava prevista para as 14h30 (15h30, horário de Brasília) na Câmara de Representantes e uma segunda para as 17h00 (18h00, horário de Brasília) no Senado.

Entre os parlamentares descontentes, o chefe da minoria republicana do Senado, Mitch McConnell, declarou na segunda-feira que o Congresso dos Estados Unidos não foi consultado de maneira "adequada" sobre a questão da ação das forças americanas na Líbia.

Essa "decisão foi tomada sem a consulta adequada do Congresso, nem explicações suficientes aos americanos", disse McConnell que se pronunciou pela primeira vez sobre o assunto, mais de uma semana após o início das operações militares aliadas na Líbia.

Do outro lado do tabuleiro do xadrez político, o representante democrata de esquerda Dennis Kucinich considerou um pouco antes do discurso televisivo do presidente Obama, na segunda-feira à noite, que "o artigo 1, seção 8 da Constituição dos Estados Unidos é claro. É o Congresso que determina quando nosso país entra em guerra".

Kucinich, opositor fervoroso das guerras americanas no Iraque e no Afeganistão, propôs na semana passada uma alteração na próxima lei de finanças em discussão para impedir o emprego de fundos americanos no financiamento das operações na Líbia.

Mesmo que o texto tenha poucas chances de ser aprovado no final das contas, ele possui apoio de políticos dos dois lados.

No entanto, a intervenção militar decidida pelo presidente Obama obteve o apoio de democratas influentes, bem como de parlamentares da oposição.

O senador republicano John McCain, candidato derrotado na presidencial de 2008, muito ouvido sobre questões de defesa, apoiou sem reservas a decisão do presidente.

"Se nosso objetivo na Líbia merece uma luta, e eu acredito que merece, então os Estados Unidos devem continuar firmemente engajados a obrigar Kadhafi a deixar o poder", disse McCain na terça-feira ante o Senado.

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Washington - O presidente Barack Obama enviou nesta quarta-feira seus principais assessores ao Congresso, em Washington, com a missão de explicar a operação militar americana na Líbia aos políticos. O novo conflito soma-se às guerra no Iraque e no Afeganistão.

A secretária de Estado Hillary Clinton, o secretário de Defesa Robert Gates, o diretor de inteligência James Clapper e o militar americano de mais alta patente, o Almirante Mike Mullen, apresentam nesta quarta-feira a portas fechadas um relatório sobre a situação aos legisladores das duas Câmaras.

Vários parlamentares, republicanos e democratas, lamentaram nos últimos dias que o presidente Obama não tenha buscado a aprovação do Congresso, antes de lançar a operação na Líbia.

Além disso, muitos políticos dos dois partidos e das duas câmaras exprimiram suas preocupações em relação aos objetivos, à duração e ao custo das operações.

Uma primeira reunião estava prevista para as 14h30 (15h30, horário de Brasília) na Câmara de Representantes e uma segunda para as 17h00 (18h00, horário de Brasília) no Senado.

Entre os parlamentares descontentes, o chefe da minoria republicana do Senado, Mitch McConnell, declarou na segunda-feira que o Congresso dos Estados Unidos não foi consultado de maneira "adequada" sobre a questão da ação das forças americanas na Líbia.

Essa "decisão foi tomada sem a consulta adequada do Congresso, nem explicações suficientes aos americanos", disse McConnell que se pronunciou pela primeira vez sobre o assunto, mais de uma semana após o início das operações militares aliadas na Líbia.

Do outro lado do tabuleiro do xadrez político, o representante democrata de esquerda Dennis Kucinich considerou um pouco antes do discurso televisivo do presidente Obama, na segunda-feira à noite, que "o artigo 1, seção 8 da Constituição dos Estados Unidos é claro. É o Congresso que determina quando nosso país entra em guerra".

Kucinich, opositor fervoroso das guerras americanas no Iraque e no Afeganistão, propôs na semana passada uma alteração na próxima lei de finanças em discussão para impedir o emprego de fundos americanos no financiamento das operações na Líbia.

Mesmo que o texto tenha poucas chances de ser aprovado no final das contas, ele possui apoio de políticos dos dois lados.

No entanto, a intervenção militar decidida pelo presidente Obama obteve o apoio de democratas influentes, bem como de parlamentares da oposição.

O senador republicano John McCain, candidato derrotado na presidencial de 2008, muito ouvido sobre questões de defesa, apoiou sem reservas a decisão do presidente.

"Se nosso objetivo na Líbia merece uma luta, e eu acredito que merece, então os Estados Unidos devem continuar firmemente engajados a obrigar Kadhafi a deixar o poder", disse McCain na terça-feira ante o Senado.

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