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Obama e Romney divergem sobre dados de emprego

O presidente disse que os números mostram que a economia está se recuperando, enquanto seu adversário afirmou que os dados provam que a economia continua estagnada

Feira de empregos nos EUA: os dados mostraram que a taxa de desemprego cresceu um pouco, de 7,8% em setembro para 7,9% em outubro (Justin Sullivan/Getty Images/AFP)
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Da Redação

Publicado em 2 de novembro de 2012 às 19h24.

Washington - Os últimos dados econômicos publicados hoje pelo governo dos Estados Unidos, a quatro dias das eleições presidenciais de 6 de novembro, mostraram que a taxa de desemprego cresceu um pouco, de 7,8% em setembro para 7,9% em outubro, mas também foram criados mais empregos que o esperado no mês passado, 171 mil vagas.

O presidente Barack Obama, que tenta a reeleição, disse que os números mostram que a economia está se recuperando, enquanto seu adversário republicano Mitt Romney afirmou que os dados são uma "triste lembrança" que a economia americana continua estagnada.

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Com as pesquisas mostrando os dois candidatos em empate técnico, ao redor de 49% das intenções de voto, democratas e republicanos fizeram leituras diferentes dos números. O Departamento do Trabalho, que previa a criação de 125 mil empregos em outubro, informou que foram criados 171 mil.

"Nós fizemos um progresso verdadeiro" disse Obama a uma multidão no Estado de Ohio, logo após o relatório ser divulgado. "Mas ainda temos muito trabalho a fazer", afirmou o presidente. As últimas pesquisas indicam que Obama e Romney estão em empate técnico em Ohio, cada um com 49% das intenções de voto. Ohio é considerado um swing state, ou seja, um Estado onde o eleitorado pode pender tanto para democratas quanto para republicanos.

Já Romney disse que o relatório divulgado hoje é uma "triste lembrança" de que a economia americana continua estagnada. A economia é de longe a questão mais importante para o eleitorado nos EUA. Obama tem reivindicado o mérito de ter evitado uma depressão econômica, lembrando o eleitorado de que a recessão começou ainda em 2008, durante o governo do seu antecessor republicano George W. Bush. Romney argumenta que a contínua fraqueza da economia dos EUA demonstra o fracasso das políticas de Obama e afirma ter as credenciais necessárias, como empresário de sucesso, para fazer um trabalho melhor.


"É claro que não estamos onde queríamos, mas estamos fazendo progressos importantes", disse o principal assessor de campanha de Obama, Robert Gibbs, ao programa de televisão This Morning da emissora CBS. "Enquanto mais trabalho precisa ser feito, o relatório de emprego desta sexta-feira mostra evidências de que a economia americana continua a curar suas feridas, as maiores infligidas desde a Grande Depressão", disse o chefe do Conselho Econômico da Casa Branca, Alan Krueger.

Enquanto Obama defendia sua causa em Ohio, Romney fazia campanha na Pensilvânia, considerada um reduto tradicional dos democratas.

"Isso significa que a campanha Romney-Ryan está desesperada e agora tenta vencer as eleições fora dos Estados onde concentrou seus esforços durante 15 meses", disse Gibbs. "Olhe, John McCain passou seu último final de semana antes das eleições de 2008 na Pensilvânia, também numa tentativa desesperada de conquistar os votos", disse Gibbs, lembrando do candidato republicano derrotado por Obama na última eleição.

As pesquisas mostram que Obama lidera por estreita margem no Colégio Eleitoral, que na realidade é quem elege o presidente, refletindo o voto popular. O colégio tem 538 delegados; um presidente, para ser eleito, precisa dos votos de 270 delegados. Obama e Romney tentam conquistar, Estado por Estado, os votos dos delegados. Em Ohio, são 18 delegados. Obama fez hoje dois comícios em Ohio, enquanto Romney deverá fazer pelo menos mais dois comícios no Estado, sábado e talvez domingo.

Hoje Romney também foi ao Wisconsin, onde disse que reeleger Obama significará outra ameaça de calote na dívida do governo americano.

Obama conseguiu na quinta-feira o importante apoio do prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, um independente, embora ex-republicano, que declarou voto no democrata. Bloomberg não apoiou Obama em 2008. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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