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Obama diz que vai vetar estado palestino na ONU

Para presidente americano, aprovação só atrapalharia o processo de paz na região

Obama: "creio que a posição extrema segundo a qual o governo não tem papel algum a desempenhar no crescimento da economia é absolutamente equivocada" (Jim Watson/AFP)

Obama: "creio que a posição extrema segundo a qual o governo não tem papel algum a desempenhar no crescimento da economia é absolutamente equivocada" (Jim Watson/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2011 às 11h50.

Washington - A votação na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para reconhecer um estado palestino será uma "distração" no caminho para a paz com Israel, declarou nesta segunda-feira o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

“O pedido palestino é uma distração que não resolverá o problema. Esta questão só será resolvida quando israelenses e palestinos chegarem a um acordo", afirmou Obama. "O que ocorrer em Nova York poderá chamar a atenção da mídia, mas não vai mudar o que passa no terreno se israelenses e palestinos não negociarem", acrescentou. Ao mesmo tempo, Israel "fará danos a si mesmo" se adotar represálias econômicas contra a Autoridade Palestina caso a votação na ONU prospere, destacou Obama.

Os palestinos confirmaram sua intenção de apresentar o pedido de adesão às Nações Unidas durante a Assembleia Geral da ONU, a partir do dia 20 de setembro, em Nova York. O secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, já manifestou seu apoio à medida, e Israel já admitiu que a criação de um estado palestino terá amplo apoio na ONU. Contudo, os Estados Unidos têm poder de veto no Conselho de Segurança, o que pode invalidar a ação.

"Os palestinos estimam que poderão ter meios para pressionar com seu reconhecimento nas Nações Unidas. Sua intenção, acredito, é passar pela Assembleia Geral. Nós não temos mais que um voto na Assembleia Geral, mas é muito diferente no Conselho de Segurança, e já disse em público que vamos nos opor a isto com força", disse Obama. "Apoiaremos tudo que ajudar a estabelecer negociações diretas e rejeitaremos tudo que atrapalhar seu desenvolvimento, completou.

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