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Obama diz que mundo tem petróleo suficiente e pressiona Irã

A menção explícita aos estoques governamentais pode acentuar as especulações de que grandes nações consumidoras estariam se preparando para usar suas reservas ainda neste ano

A presidência adiantou que Obama anunciará novos programas que podem aliviar os encargos econômicos dos americanos (Jewel Samad/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de março de 2012 às 18h53.

Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama , prometeu na sexta-feira manter as duras sanções contra o Irã, dizendo que há no mercado mundial petróleo suficiente - incluindo estoques emergenciais - para permitir que os países reduzam suas importações petrolíferas do Irã. No anúncio, exigido por uma lei sancionada em dezembro, Obama disse que a maior produção de alguns países, além da "existência de reservas estratégicas", o ajudaram a chegar à conclusão de que as sanções podem prosperar.

"Vou monitorar atentamente a situação para assegurar que o mercado possa continuar acomodando uma redução nas compras de petróleo e derivados de petróleo do Irã", disse ele em nota. Já se esperava que Obama mantivesse as sanções destinadas a conter o programa nuclear iraniano, que o Ocidente suspeita estar voltado para o desenvolvimento de armas nucleares, embora Teerã insista no seu caráter pacífico.

A menção explícita aos estoques governamentais pode acentuar as especulações de que grandes nações consumidoras estariam se preparando para usar suas reservas ainda neste ano. Os mercados mundiais de petróleo continuam enxutos, segundo a Casa Branca, e a alta no preço da gasolina se tornou uma questão importante na campanha presidencial. "Uma série de perturbações da produção no Sudão do Sul, Síria, Iêmen, Nigéria e mar do Norte retiraram petróleo do mercado", disse a Casa Branca em nota.

A França está negociando com os EUA e a Grã-Bretanha a possível liberação dos estoques estratégicos de petróleo para reduzir os preços, disseram ministros franceses na quarta-feira. Fontes do governo norte-americano afirmaram a jornalistas que os Estados Unidos consideram a liberação dos estoques emergenciais como uma opção, mas que nenhuma específica decisão foi tomada. O preço do petróleo chegou a subir cerca de 0,70 dólar por barril após o anúncio da manutenção da sanções, mas depois recuou, refletindo a possibilidade de liberação das reservas.

A lei dava a Obama até 30 de março para determinar se o preço e a oferta de petróleo não-iraniano são suficientes para permitir que os consumidores reduzam "significativamente" suas compras do Irã. A decisão precisará ser revista semestralmente. A partir de 28 de junho, Obama poderá sancionar bancos estrangeiros que intermedeiem transações petrolíferas com o Banco Central iraniano, o que na prática os isola do sistema financeiro dos EUA.

"Hoje, avisamos todas as nações que continuam importando petróleo ou derivados de petróleo do Irã que elas têm três meses para reduzir significativamente essas compras, sob risco de imposição de severas sanções às suas instituições financeiras", disse o senador Robert Menendez, coautor da lei de sanções. Obama poderá oferecer isenções a países que demonstrem ter cortado "significativamente" suas compras do Irã.

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Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama , prometeu na sexta-feira manter as duras sanções contra o Irã, dizendo que há no mercado mundial petróleo suficiente - incluindo estoques emergenciais - para permitir que os países reduzam suas importações petrolíferas do Irã. No anúncio, exigido por uma lei sancionada em dezembro, Obama disse que a maior produção de alguns países, além da "existência de reservas estratégicas", o ajudaram a chegar à conclusão de que as sanções podem prosperar.

"Vou monitorar atentamente a situação para assegurar que o mercado possa continuar acomodando uma redução nas compras de petróleo e derivados de petróleo do Irã", disse ele em nota. Já se esperava que Obama mantivesse as sanções destinadas a conter o programa nuclear iraniano, que o Ocidente suspeita estar voltado para o desenvolvimento de armas nucleares, embora Teerã insista no seu caráter pacífico.

A menção explícita aos estoques governamentais pode acentuar as especulações de que grandes nações consumidoras estariam se preparando para usar suas reservas ainda neste ano. Os mercados mundiais de petróleo continuam enxutos, segundo a Casa Branca, e a alta no preço da gasolina se tornou uma questão importante na campanha presidencial. "Uma série de perturbações da produção no Sudão do Sul, Síria, Iêmen, Nigéria e mar do Norte retiraram petróleo do mercado", disse a Casa Branca em nota.

A França está negociando com os EUA e a Grã-Bretanha a possível liberação dos estoques estratégicos de petróleo para reduzir os preços, disseram ministros franceses na quarta-feira. Fontes do governo norte-americano afirmaram a jornalistas que os Estados Unidos consideram a liberação dos estoques emergenciais como uma opção, mas que nenhuma específica decisão foi tomada. O preço do petróleo chegou a subir cerca de 0,70 dólar por barril após o anúncio da manutenção da sanções, mas depois recuou, refletindo a possibilidade de liberação das reservas.

A lei dava a Obama até 30 de março para determinar se o preço e a oferta de petróleo não-iraniano são suficientes para permitir que os consumidores reduzam "significativamente" suas compras do Irã. A decisão precisará ser revista semestralmente. A partir de 28 de junho, Obama poderá sancionar bancos estrangeiros que intermedeiem transações petrolíferas com o Banco Central iraniano, o que na prática os isola do sistema financeiro dos EUA.

"Hoje, avisamos todas as nações que continuam importando petróleo ou derivados de petróleo do Irã que elas têm três meses para reduzir significativamente essas compras, sob risco de imposição de severas sanções às suas instituições financeiras", disse o senador Robert Menendez, coautor da lei de sanções. Obama poderá oferecer isenções a países que demonstrem ter cortado "significativamente" suas compras do Irã.

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