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Obama diz que missão na Líbia salvou "incontáveis" vidas

Coalizão liderada pelos EUA lançou na semana passada uma operação com ataques aéreos com o objetivo de proteger civis contra o líder líbio Muammar Gaddaf

Obama: ele afirmou que os países árabes, incluindo o Catar e os Emirados Árabes Unidos, concordaram em enviar aviões (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Obama: ele afirmou que os países árabes, incluindo o Catar e os Emirados Árabes Unidos, concordaram em enviar aviões (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2011 às 11h20.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse aos norte-americanos neste sábado que a missão militar na Líbia é clara, focada e limitada, e que já poupou "incontáveis" vidas de civis.

Uma coalizão liderada pelos EUA lançou na semana passada uma operação com ataques aéreos com o objetivo de proteger civis contra o líder líbio Muammar Gaddafi, cujas forças estavam avançando contra redutos rebeldes e ameaçavam uma violenta retaliação.

Os EUA e outras forças internacionais continuam atacando soldados e armamentos de Gaddafi com mísseis e bombas de precisão, além de forçar uma zona de exclusão aérea no país e um embargo para a chegada de armamentos pelo mar.

Obama afirmou que as defesas aéreas da Líbia foram incapacitadas, que as forças de Gaddafi não estão mais avançando e, em locais como a cidade de Benghazi, um reduto rebelde onde Gaddafi ameaçou atacar "sem piedade", as forças leais ao líder foram obrigadas a recuar.

"Então não se enganem, porque agimos rapidamente e uma catástrofe humanitária foi evitada, e as vidas de inúmeros civis - homens mulheres e crianças inocentes - foram salvas", afirmou Obama em seu discurso semanal na rádio.

Membros do Congresso, tanto da esquerda quanto da direita, criticaram Obama por não comunicar inteiramente os objetivos da operação militar. Alguns o atacaram por não buscar aprovação no Congresso para a operação, enquanto outros foram contra uma missão militar em um país muçulmano em um momento no qual os EUA já estão envolvidos nas guerras do Iraque e do Afeganistão.

Obama afirmou que o papel das forças norte-americanas foi limitado no que descreveu como "grande esforço internacional". Ele salientou novamente que os EUA não mandarão tropas em solo para a Líbia. O presidente também falará aos norte-americanos em um discurso na noite de segunda-feira para discutir a missão.

"CLARA E FOCADA"

A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) concordou em assumir a liderança do papel de impor a zona de restrição aérea e o embargo de armas à Líbia. Os detalhes finais para a Otan controlar os ataques aéreos ainda não foram feitos.


"Nossa missão militar na Líbia é clara e focada", afirmou Obama.

Ele afirmou que os países árabes, incluindo o Catar e os Emirados Árabes Unidos, concordaram em enviar aviões.

Obama fez questão de frisar que os EUA "não devem e não podem" intervir em toda crise que aparecer, mas afirmou que, quando uma situação como a da Líbia surge e a comunidade internacional apoia uma ação, os Estados Unidos têm a responsabilidade de participar.

"Eu acredito firmemente que, quando pessoas inocentes estão sendo brutalizadas, quando alguém como Gaddafi ameaça um banho de sangue que pode desestabilizar toda a região e quando a comunidade internacional está preparada para se unir e salvar milhares de vidas, então agir é nosso interesse nacional", afirmou.

Segundo Obama, Gaddafi perdeu a confiança do povo líbio e a legitimidade para governar, mas o presidente norte-americano não pediu diretamente a saída do líder. Washington vem dizendo repetidamente que esse não é o objetivo da missão.

 

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