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O dia do ano que registra mais acidentes mortais de carro nos EUA

O dia mais letal para as rodovias dos EUA não é o domingo do Super Bowl, nem a véspera do ano-novo, mas o dia 2 de agosto

Trânsito na cidade de São Francisco, EUA: em agosto de 2016, país registrou 60.976 acidentes, mais do que em qualquer outro mês dos últimos quatro anos (Masao Taira/Reuters)

Gabriela Ruic

Publicado em 1 de agosto de 2018 às 16h21.

O dia mais letal para as rodovias dos EUA não é o domingo do Super Bowl, nem a véspera do ano-novo. É 2 de agosto.

Esta quinta-feira é o dia do ano em que, na média, há mais probabilidades de mortes de americanos em acidentes de carro , segundo o Instituto de Segurança Viária dos EUA (IIHS, na sigla em inglês), que baseou os calculou nas mortes ocorridas de 2012 a 2016. No total, 505 pessoas morreram nesse dia no período.

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Se os culpados não são as estradas congeladas nem pessoas embriagadas em festa, o que torna essa data aparentemente aleatória tão letal? Os dias ensolarados e as viagens de férias, os mesmos motivos pelos quais o mês de agosto também é considerado um dos mais mortais, diz a cientista Becca Weast, pesquisadora do IIHS.

“No verão o clima está agradável e ensolarado e as pessoas se tornam um pouco mais imprudentes, um pouco menos cuidadosas”, disse Weast. Quando o clima está ruim ou há outros riscos óbvios que dificultam a condução, “as pessoas tendem a prestar um pouco mais de atenção ou a tomar mais cuidado”, disse.

Agosto contabilizou 15.914 mortes no período estudado. A primeira semana do mês é uma espécie de horário nobre das férias, o que coloca mais carros nas estradas e, portanto, gera mais chances de acidente. Mas fora isso “não há nenhum outro acontecimento significativo que transforme a primeira semana de agosto, particularmente, em um para-raios de fatalidades”, disse Weast.

Os membros da Nationwide Mutual Insurance reportaram 60.976 acidentes em agosto de 2016, mais do que em qualquer outro mês dos últimos quatro anos, segundo a empresa com sede em Columbus, Ohio.

Teresa Scharn, vice-presidente associada de desenvolvimento de produto da Nationwide, também considera que o aumento do número de carros nas estradas contribui. Dados do programa SmartRide da seguradora, que monitora os hábitos de direção dos clientes, mostram que existem sinais que podem indicar a probabilidade de acidente.

“Entre eles estão a aceleração rápida, pedal de freio duro e tempo ocioso”, disse Scharn. “Esses três fatores são realmente fundamentais para determinar a probabilidade de alguém se envolver em acidente.”

O SmartRide monitora a condução dos usuários por meio de um aplicativo ou dispositivo instalado no veículo. A Nationwide conta com 600.000 membros e há 1,3 milhão de veículos inscritos no programa. Por compartilhar dados, os usuários recebem um desconto de 10 por cento, que pode chegar a 40 por cento segundo seus hábitos de condução.

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