Moscou - O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, afirmou nesta terça-feira que o destino da Europa e do mundo será decidido na cúpula de Minsk, na qual participam também o líder russo, Vladimir Putin, e representantes da União Europeia.
"Nesta reunião em Minsk será decido o destino do mundo e da Europa. Assim eu vejo", afirmou Poroshenko no início da reunião no Palácio da Independência na capital da Belarus, de acordo com as agências russas.
Poroshenko também pediu para que seu plano de paz para o conflito no leste de seu país fosse respaldado. Ele inclui o desarmamento das milícias pró-Rússia e a descentralização da Ucrânia, como "fundamental para acertar" o conflito.
"Estou convencido que este plano é atual e o único instrumento possível para o fim do derramamento de sangue e a reconstrução pós-bélica do Donets (as reservas de ferro e carvão mineral na Ucrânia)", assinalou.
Ao mesmo tempo, o líder ucraniano se mostrou disposto a discutir outras vias para a solução da crise no leste do seu país, cenário de combates entre forças governamentais e separatistas pró-Rússia há quase quatro meses.
"Entendo que todas as partes envolvidas gostariam de uma saída digna para esta situação. Estou disposto a debater distintas variantes que garantam dita estratégia de saída, uma saída rumo a um futuro pacífico para a Ucrânia e para a Europa", disse.
Ele ressaltou que uma das chaves da estabilização do leste da Ucrânia é o controle internacional sobre a fronteira com a Rússia, ponto de entrada de armamento e mercenários para os rebeldes pró-Rússia, segundo Kiev.
Por sua vez, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, garantiu que o conflito ucraniano não pode ser resolver pela força, em alusão à ofensiva das forças ucranianas contra as fortificações rebeldes de Donetsk e Lugansk.
"Estamos convencidos que (a crise ucraniana) não poderá ser solucionar pela via da escalada do uso da força, sem levar em conta os interesses vitais das regiões do país e sem um diálogo pacífico com seus representantes", disse.
Ao posar para os fotógrafos ambos os líderes deram um aperto de mãos no Palácio da Independência, sede das consultas na capital bielorrussa entre a União Aduaneira (Rússia, Belarus e Cazaquistão), Ucrânia e a União Europeia.
Espera-se que após a cúpula ocorram encontros bilaterais, entre os quais o mais esperado é o possível tête-à-tête entre Putin e Poroshenko, que se sentarão em uma mesma mesa em apenas uma ocasião e na presença de outros líderes europeus, para as celebrações de 70 anos do Desembarque da Normandia.
"Considero que é importante que o senhor fale diretamente com Putin. Para a Rússia e para a Ucrânia chegou a hora da verdade, pois o derramamento de sangue não pode continuar", declarou Nursultan Nazarbayev, o presidente do Cazaquistão, ao reunir-se com Poroshenko.
Durante a abertura da cúpula, Nazarbayev propôs uma trégua humanitária para aliviar a situação da população na zona de conflito. Já o presidente anfitrião, o bielo-russo Aleksandr Lukashenko, pediu que ambos os países sejam responsáveis.
"Se queremos que nos considerem políticos responsáveis devemos tomar consciência da responsabilidade que temos perante nossos povos e deixar de lado as ambições políticas", disse.
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1. Velas e armas
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1/13 (Graham Denholm / Getty Images)
São Paulo – Na quinta-feira, o voo MH17 da Malaysian Airlines, que ia de Amsterdã para Kuala Lumpur, foi derrubado enquanto sobrevoava o céu do leste da Ucrânia. Desde então, o governo central ucraniano e a Rússia trocam acusações sobre quem foi responsável pelo míssil que atingiu o avião. Veja, a seguir, as fotos do desenrolar do conflito desde a queda do avião até este domingo.
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2. Pelo chão
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2/13 (Getty Images)
As bagagens e pertences pessoais das vítimas que estavam a bordo do Malaysia Airlines voo MH17 estão espalhadas por Grabovo, na Ucrânia. Segundo relatos de correspondentes internacionais, os destroços do avião estão espalhados a até 15 km do ponto central onde está a maior parte da fuselagem.
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3. Memória saqueada
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3/13 (Maxim Zmeyev/Reuters)
Dinheiro, joias, objetos pessoais e até cartões de créditos das 298 vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines, abatido por um míssil na Ucrânia, na sexta-feira, estão sendo saqueados. Militantes separatistas admitem que removeram objetos, além das caixas-pretas, do local do acidente.
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4. Sem destino
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4/13 (Brendan Hoffman / Getty Images)
Hoje, um vagão de trem refrigerado com parte dos corpos dos passageiros de Malaysia Airlines vôo MH17 aguarda na estação de trem para o transporte ruma a um destino ainda desconhecido. O vôo MH17 da Malaysia Airlines viajava de Amsterdã para Kuala Lumpur quando caiu matando todos os 298 a bordo, incluindo 80 crianças.
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5. Caixa-preta
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5/13 (Getty Images)
O governo da Ucrânia disse neste domingo que interceptou conversas telefônicas entre os rebeldes pró-russos e os militares russos. Os
rebeldes admitiram hoje podem estar com a caixa-preta e prometeram entregar caixas pretas do voo malaio à Organização da Aviação Civil Internacional.
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6. Represália Europeia
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6/13 (Maxim Zmeyev/Reuters)
De
acordo com o WSJ, os líderes europeus ameaçaram impor sanções mais duras contra a Rússia, em decorrência da queda do voo MH17, sem deixar ainda claro o que pode acontecer em represália. Os chanceleres da União Europeia se reunirão em Bruxelas nesta terça-feira para decidir o que fazer, mas há uma grande chance que ativos na Europa construídos por empresários russos, bem como as de empresas originárias do país, possam ser congelados.
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7. Maioria holandesa
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7/13 (Graham Denholm / Getty Images)
A maioria das 298 pessoas a bordo do voo MH 17 era de nacionalidade holandesa. Entre as vítimas havia 154 passageiros holandeses, 27 australianos, 23 malaios, onze indonésios, seis britânicos, quatro alemães, quatro belgas, três filipinos e um canadense no voo. "As famílias querem enterrar seus parentes", declarou ministro do Exterior holandês, Frans Timmermans. Um grupo de 15 especialistas holandeses foi enviado ao local da tragédia para identificar os corpos.
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8. Domingo de homenagem
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8/13 (Christopher Furlong / Getty Images)
Velas em memória das vítimas foram acesas durante uma missa especial na Igreja de Saint Vitus em Hilversum, Holanda, nesta manhã. Três famílias da cidade morreram no acidente. Por todo o país o domingo foi marcado por homenagens às vitimas da tragédia, lembradas em cultos, eventos esportivos e oficiais e no aeroporto Schiphol de Amsterdã, de onde o avião partiu na última quinta-feira.
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9. Em busca da cura
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9/13 (Graham Denholm / Getty Images)
Um participante da 20ª Conferência Internacional de AIDS que acontece hoje em Melbourne, Austrália, amarra uma fita vermelha em homenagem daqueles que perderam suas vidas no voo MH17. Pelo menos seis enviados estavam no avião rumo ao encontro dos maiores especialistas em busca da cura para a doença.
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10. EUA diz que sabe
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10/13 (gett)
Os
Estados Unidos detectaram o lançamento de um míssil antiaéreo e observou sua trajetória na quinta-feira passada, quando o avião da Malaysia Airlines caiu, supostamente atingido, no leste da Ucrânia, afirmou neste domingo o secretário de Estado, John Kerry. O presidente Barack Obama já hava dito que tudo apontava para que o avião tivesse atingido por rebeldes pró-russos. 'Sabemos, com certeza, que durante o último mês houve um fluxo de armamento, um comboio de uns 150 veículos incluídos transporte de pessoal, lança mísseis, artilharia, da Rússia para o leste da Ucrânia', disse ele.
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11. Artigo editado
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11/13 (Getty Images)
O imbróglio da Ucrânia e Russia chegou à web. Primeiro, um computador de Kiev, capital da Ucrânia,
editou o artigo em russo para "acidentes de aviação comercial" colocando a culpa da queda em "terroristas da auto-proclamada República Popular de Donetsk com mísseis de sistema Buk, que os terroristas receberam da Federação Russa". Menos de uma hora depois, alguém com um endereço de IP russo mudou o texto para "o avião foi abatido por soldados ucranianos".
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12. Duas tragédias no ano
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12/13 (Maxim Zmeyev/Reuters)
Depois de ter um avião desaparecido nos ares em março, nesta quinta-feira, o Boeing 777 da companhia Malaysia Airlines com 295 passageiros a bordo caiu na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, sem deixar sobreviventes. A
companhia já apresentava uma operação deficitária antes disso, suportada por verbas governamentais e que degringolava cada vez mais pela imagem afetada com a tragédia. Agora deve ter de enfrentar processos movidos por pessoas de vários países.
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13. Agora, veja quais são os exércitos mais poderosos
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13/13 (Bradley Rhen / US Army / Wikimedia Commons)