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O destino do mundo e da Europa será decidido em Belarus

O presidente da Ucrânia afirmou que o destino da Europa e do mundo será decidido na cúpula de Minsk, na qual participa também o líder russo, Vladimir Putin


	O presidente ucraniano, Petro Poroshenko: representantes da UE também participam
 (Patrick Hertzog/AFP)

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko: representantes da UE também participam (Patrick Hertzog/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2014 às 13h26.

Moscou - O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, afirmou nesta terça-feira que o destino da Europa e do mundo será decidido na cúpula de Minsk, na qual participam também o líder russo, Vladimir Putin, e representantes da União Europeia.

"Nesta reunião em Minsk será decido o destino do mundo e da Europa. Assim eu vejo", afirmou Poroshenko no início da reunião no Palácio da Independência na capital da Belarus, de acordo com as agências russas.

Poroshenko também pediu para que seu plano de paz para o conflito no leste de seu país fosse respaldado. Ele inclui o desarmamento das milícias pró-Rússia e a descentralização da Ucrânia, como "fundamental para acertar" o conflito.

"Estou convencido que este plano é atual e o único instrumento possível para o fim do derramamento de sangue e a reconstrução pós-bélica do Donets (as reservas de ferro e carvão mineral na Ucrânia)", assinalou.

Ao mesmo tempo, o líder ucraniano se mostrou disposto a discutir outras vias para a solução da crise no leste do seu país, cenário de combates entre forças governamentais e separatistas pró-Rússia há quase quatro meses.

"Entendo que todas as partes envolvidas gostariam de uma saída digna para esta situação. Estou disposto a debater distintas variantes que garantam dita estratégia de saída, uma saída rumo a um futuro pacífico para a Ucrânia e para a Europa", disse.

Ele ressaltou que uma das chaves da estabilização do leste da Ucrânia é o controle internacional sobre a fronteira com a Rússia, ponto de entrada de armamento e mercenários para os rebeldes pró-Rússia, segundo Kiev.

Por sua vez, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, garantiu que o conflito ucraniano não pode ser resolver pela força, em alusão à ofensiva das forças ucranianas contra as fortificações rebeldes de Donetsk e Lugansk.

"Estamos convencidos que (a crise ucraniana) não poderá ser solucionar pela via da escalada do uso da força, sem levar em conta os interesses vitais das regiões do país e sem um diálogo pacífico com seus representantes", disse.

Ao posar para os fotógrafos ambos os líderes deram um aperto de mãos no Palácio da Independência, sede das consultas na capital bielorrussa entre a União Aduaneira (Rússia, Belarus e Cazaquistão), Ucrânia e a União Europeia.

Espera-se que após a cúpula ocorram encontros bilaterais, entre os quais o mais esperado é o possível tête-à-tête entre Putin e Poroshenko, que se sentarão em uma mesma mesa em apenas uma ocasião e na presença de outros líderes europeus, para as celebrações de 70 anos do Desembarque da Normandia.

"Considero que é importante que o senhor fale diretamente com Putin. Para a Rússia e para a Ucrânia chegou a hora da verdade, pois o derramamento de sangue não pode continuar", declarou Nursultan Nazarbayev, o presidente do Cazaquistão, ao reunir-se com Poroshenko.

Durante a abertura da cúpula, Nazarbayev propôs uma trégua humanitária para aliviar a situação da população na zona de conflito. Já o presidente anfitrião, o bielo-russo Aleksandr Lukashenko, pediu que ambos os países sejam responsáveis.

"Se queremos que nos considerem políticos responsáveis devemos tomar consciência da responsabilidade que temos perante nossos povos e deixar de lado as ambições políticas", disse.

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