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Número de mortes de ataque a hospital no Afeganistão sobe para 49

Atiradores vestidos de médicos percorreram o hospital de 400 leitos na cidade de Cabul atirando em médicos, pacientes e visitantes

Soldados afegãos durante operação contra homens armados que invadiram hospital em Cabul (Mohammad Ismail/Reuters)
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Reuters

Publicado em 9 de março de 2017 às 12h46.

Cabul - O número de mortos de um ataque cometido por atiradores vestidos de médicos em um hospital militar de Cabul subiu para 49, além de dezenas de feridos, disse uma autoridade de saúde de alto escalão do Afeganistão nesta quinta-feira.

Salim Rassouli, diretor dos hospitais da capital afegã, disse que 49 pessoas morreram no ataque ao hospital Sardar Mohammad Daud Khan, na quarta-feira, que ainda deixou ao menos 63 feridos.

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Ainda há alguma incerteza a respeito da cifra exata, e uma autoridade de segurança disse que mais de 90 pessoas ficaram feridas. Estimativas anteriores haviam mencionado mais de 30 mortos e 50 feridos.

Os atiradores percorreram o hospital de 400 leitos atirando em médicos, pacientes e visitantes e combateram forças de segurança durante horas, em uma operação sofisticada reivindicada pelo Estado Islâmico.

Sobreviventes contaram ter feito barricadas nos quartos para escapar dos agressores, que estavam munidos de armas automáticas e granadas de mão e iniciaram a ação depois que um homem-bomba se explodiu.

Mohammad Nabi, um médico do hospital que escapou com uma perna quebrada, disse que foi difícil entender o que se passava inicialmente quando os atiradores, vestidos com jalecos brancos de médicos, tiraram as armas escondidas e começaram a atirar.

"Ficamos chocados quando vimos (rifles) AK47 em suas mãos disparando", disse. "Eles mataram nossos pacientes nas camas e mataram nossos médicos".

O ataque ao maior hospital militar de Cabul, que se localiza defronte à altamente fortificada embaixada dos Estados Unidos, ressaltou os alertas de autoridades de segurança sobre a possibilidade de atentados de grande visibilidade em Cabul neste ano.

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