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Novos protestos no Peru exigem mudanças no governo Humala

Uma das maiores manifestações foi apresentada na cidade de Arequipa, onde mais de 5 mil pessoas se congregaram na Praça das Armas

O presidente Humala, empossou o novo gabinete ministerial que tem à frente o primeiro-ministro Óscar Valdés no lugar de Salomón Lerner, que renunciou no sábado (Ernesto Benavides/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2012 às 23h23.

Lima - Organizações sindicais e políticas do Peru protagonizaram nesta quinta-feira um novo dia de protestos em várias cidades do país, inclusive Lima, para exigir mudanças na política econômica do governo de Ollanta Humala e rejeitar o início do projeto de mineração Conga na região Cajamarca.

O protesto foi convocado pela Central Geral de Trabalhadores do Peru (CGTP), maior entidade sindical do país, e incluiu a reivindicação da destituição do presidente do Conselho de Ministros, Óscar Valdés, e do ministro do Interior, Wilver Calle.

Uma das maiores manifestações foi apresentada na cidade de Arequipa, onde mais de 5 mil pessoas se congregaram na Praça das Armas.

'É a primeira manifestação onde a população de Arequipa expressa descontentamento contra o governo porque não há a transformação prometida', afirmou o presidente da Coordenadora Política Social da cidade, Jerónimo López Sevillano.

Ele destacou que os moradores de Arequipa também expressaram apoio à população de Cajamarca, que rejeita o projeto Conga, que a mineradora Yanacocha planeja desenvolver com um investimento de US$ 4,8 bilhões.


A jornada de protesto também contou com mobilizações em outras cidades do país, como Chimbote, Bambamarca e Ica, lideradas por operários, professores e camponeses.

Na cidade de Cajamarca, capital da região de mesmo nome, uma missa foi celebrada pelas cinco pessoas que morreram na semana passada em enfrentamentos com a polícia. Uma centena de pessoas se reuniu na praça principal da cidade em apoio ao protesto, apesar do estado de exceção que impede concentrações públicas.

Na cidade de Ica, cerca de mil operários da construção civil bloquearam um trecho da estrada Pan-americana Sul, o que gerou congestionamento de ônibus e caminhões, informou a rádio 'RPP'.

Em Lima, houve um comício com centenas de dirigentes sindicais e da esquerda na Praça San Martín, no centro histórico da capital. Os manifestantes reiteraram sua rejeição ao projeto Conga e exigiram ao governo mudanças em sua política econômica e social, assim como a saída de Valdés.

Vários moradores de Cajamarca, no norte do país, se encontram em greve desde o fim de maio passado em rejeição ao início do projeto, que, em sua opinião, danificará de maneira irremediável suas reservas de água.

Na semana passada, os violentos enfrentamentos entre a polícia e os manifestantes causaram a morte de cinco pessoas em Cajamarca, por isso o governo decretou estado de exceção em três províncias da região. EFE

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Lima - Organizações sindicais e políticas do Peru protagonizaram nesta quinta-feira um novo dia de protestos em várias cidades do país, inclusive Lima, para exigir mudanças na política econômica do governo de Ollanta Humala e rejeitar o início do projeto de mineração Conga na região Cajamarca.

O protesto foi convocado pela Central Geral de Trabalhadores do Peru (CGTP), maior entidade sindical do país, e incluiu a reivindicação da destituição do presidente do Conselho de Ministros, Óscar Valdés, e do ministro do Interior, Wilver Calle.

Uma das maiores manifestações foi apresentada na cidade de Arequipa, onde mais de 5 mil pessoas se congregaram na Praça das Armas.

'É a primeira manifestação onde a população de Arequipa expressa descontentamento contra o governo porque não há a transformação prometida', afirmou o presidente da Coordenadora Política Social da cidade, Jerónimo López Sevillano.

Ele destacou que os moradores de Arequipa também expressaram apoio à população de Cajamarca, que rejeita o projeto Conga, que a mineradora Yanacocha planeja desenvolver com um investimento de US$ 4,8 bilhões.


A jornada de protesto também contou com mobilizações em outras cidades do país, como Chimbote, Bambamarca e Ica, lideradas por operários, professores e camponeses.

Na cidade de Cajamarca, capital da região de mesmo nome, uma missa foi celebrada pelas cinco pessoas que morreram na semana passada em enfrentamentos com a polícia. Uma centena de pessoas se reuniu na praça principal da cidade em apoio ao protesto, apesar do estado de exceção que impede concentrações públicas.

Na cidade de Ica, cerca de mil operários da construção civil bloquearam um trecho da estrada Pan-americana Sul, o que gerou congestionamento de ônibus e caminhões, informou a rádio 'RPP'.

Em Lima, houve um comício com centenas de dirigentes sindicais e da esquerda na Praça San Martín, no centro histórico da capital. Os manifestantes reiteraram sua rejeição ao projeto Conga e exigiram ao governo mudanças em sua política econômica e social, assim como a saída de Valdés.

Vários moradores de Cajamarca, no norte do país, se encontram em greve desde o fim de maio passado em rejeição ao início do projeto, que, em sua opinião, danificará de maneira irremediável suas reservas de água.

Na semana passada, os violentos enfrentamentos entre a polícia e os manifestantes causaram a morte de cinco pessoas em Cajamarca, por isso o governo decretou estado de exceção em três províncias da região. EFE

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