Exame Logo

Nova reunião tenta relançar negociações de paz sobre Síria

Os três objetivos fixados pelos EUA são "consolidar o fim das hostilidades (...) garantir um acesso humanitário a todo o país e acelerar a transição política"

Sergei Lavrov e John Kerry: a transição política é o ponto que segue levantando maiores obstáculos (Leonhard Foeger / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2016 às 10h51.

O Grupo Internacional de Apoio à Síria (GISS), dirigido por Estados Unidos e Rússia, reuniu-se nesta terça-feira em Viena para tentar relançar as negociações de paz naquele país, devastado pela guerra, e abordar uma eventual transição política.

Às 09h00 (04h00 de Brasília) começou o encontro, no qual as grandes potências voltaram a discutir as possíveis saídas a este conflito que já dura cinco anos.

Os três objetivos fixados pela diplomacia americana são "consolidar o fim das hostilidades (...) garantir um acesso humanitário a todo o país e acelerar a transição política".

O terceiro ponto é o que segue levantando maiores obstáculos. O mapa do caminho dos negociadores prevê colocar em andamento a partir de 1º de agosto um órgão sírio de transição política previsto também por uma resolução da ONU, mas muitos observadores acham difícil que este prazo seja cumprido.

Segundo um funcionário de alto escalão do Departamento de Estado, a coalizão da oposição síria está mais aberta a diferentes modalidades de negociação, enquanto o regime de Damasco, que apoia oficialmente as negociações, ainda não se comprometeu.

O destino do presidente Bashar al-Assad é a questão chave que opõe as potências mundiais e regionais do GISS, um grupo formado por 17 países (entre eles Estados Unidos, Rússia, Arábia Saudita e Irã) e três organizações internacionais, incluindo a União Europeia.

"Não há um futuro sustentável para a Síria com Assad", afirmou o ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, ao chegar a Viena.

"É por isso que devemos discutir, sob os auspícios da ONU, as modalidades de um governo de transição e colocar as coisas na direção certa".

Rússia e Irã são favoráveis ao esforço diplomático do GISS, mas ao mesmo tempo continuam sendo um apoio decisivo do regime sírio em terra.

"Ainda estamos longe da linha de chegada", disse na segunda-feira o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, citado pelas agências de notícias russas.

"Mas se tudo o que foi decidido sob os auspícios do GISS e do Conselho de Segurança da ONU for implementado honestamente há muitas possibilidades de que a situação não fique como está", acrescentou.

Na Síria, a trégua entre o regime e os rebeldes instaurada no fim de fevereiro sob os auspícios de Washington e Moscou foi violada em diversas ocasiões em várias regiões do país.

Na noite de segunda-feira, ao menos três civis, incluindo uma mãe e sua filha, morreram em um novo bombardeio do regime sobre o bairro rebelde de Sukari, na cidade de Aleppo, onde o último cessar-fogo acordado expirou na última quinta-feira.

Veja também

O Grupo Internacional de Apoio à Síria (GISS), dirigido por Estados Unidos e Rússia, reuniu-se nesta terça-feira em Viena para tentar relançar as negociações de paz naquele país, devastado pela guerra, e abordar uma eventual transição política.

Às 09h00 (04h00 de Brasília) começou o encontro, no qual as grandes potências voltaram a discutir as possíveis saídas a este conflito que já dura cinco anos.

Os três objetivos fixados pela diplomacia americana são "consolidar o fim das hostilidades (...) garantir um acesso humanitário a todo o país e acelerar a transição política".

O terceiro ponto é o que segue levantando maiores obstáculos. O mapa do caminho dos negociadores prevê colocar em andamento a partir de 1º de agosto um órgão sírio de transição política previsto também por uma resolução da ONU, mas muitos observadores acham difícil que este prazo seja cumprido.

Segundo um funcionário de alto escalão do Departamento de Estado, a coalizão da oposição síria está mais aberta a diferentes modalidades de negociação, enquanto o regime de Damasco, que apoia oficialmente as negociações, ainda não se comprometeu.

O destino do presidente Bashar al-Assad é a questão chave que opõe as potências mundiais e regionais do GISS, um grupo formado por 17 países (entre eles Estados Unidos, Rússia, Arábia Saudita e Irã) e três organizações internacionais, incluindo a União Europeia.

"Não há um futuro sustentável para a Síria com Assad", afirmou o ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, ao chegar a Viena.

"É por isso que devemos discutir, sob os auspícios da ONU, as modalidades de um governo de transição e colocar as coisas na direção certa".

Rússia e Irã são favoráveis ao esforço diplomático do GISS, mas ao mesmo tempo continuam sendo um apoio decisivo do regime sírio em terra.

"Ainda estamos longe da linha de chegada", disse na segunda-feira o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, citado pelas agências de notícias russas.

"Mas se tudo o que foi decidido sob os auspícios do GISS e do Conselho de Segurança da ONU for implementado honestamente há muitas possibilidades de que a situação não fique como está", acrescentou.

Na Síria, a trégua entre o regime e os rebeldes instaurada no fim de fevereiro sob os auspícios de Washington e Moscou foi violada em diversas ocasiões em várias regiões do país.

Na noite de segunda-feira, ao menos três civis, incluindo uma mãe e sua filha, morreram em um novo bombardeio do regime sobre o bairro rebelde de Sukari, na cidade de Aleppo, onde o último cessar-fogo acordado expirou na última quinta-feira.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEstados Unidos (EUA)EuropaONUPaíses ricosRússiaSíria

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame