Netanyahu vence eleições em Israel, mas dependerá do centro
Com 99,5% dos votos apurados, os partidos de direita e de centro-esquerda empataram nas eleições legislativas israelenses
Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2013 às 09h30.
Jerusalém - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, venceu por estreita margem as eleições de terça-feira, o que o obrigará a contar com o centro, o vencedor inesperado destas eleições.
Com 99,5% dos votos apurados, os partidos de direita e de centro-esquerda empataram nas eleições legislativas israelenses, segundo os resultados publicados nesta quarta-feira pela comissão eleitoral central.
O partido centrista Yesh Atid, criado há menos de um ano, se converteu surpreendentemente na segunda força do país e Netanyahu terá que contar com seu líder, o ex-jornalista Yair Lapid, para formar um governo.
Com estes resultados, o bloco de direita nacionalista liderado por Netanyahu, o primeiro-ministro atual, e o de centro-esquerda, que inclui o partido centrista Yesh Atid, obtém cada um 60 assentos.
A coalizão Likud Beitenu, formada pelo Likud de Netanyahu e pelo partido Ysarel Beitenu liderado por seu ex-ministro das Relações Exteriores Avigdor Lieberman, obtém 31 assentos, 11 a menos em comparação com as eleições anteriores.
Por sua vez, o Yesh Atid se converte na segunda formação do país com 19 dos 120 deputados do parlamento, à frente do Partido Trabalhista, que ganha 15 assentos.
Entre os outros partidos considerados aliados potenciais de Netanyahu, o grupo ultranacionalsita e religioso Casa Judaica, de Naftali Bennett, obtém 11 assentos. O ultraortodoxo sefardista Shas ganha 11 assentos, e o Judaísmo Unido da Torá, um grupo ultraortodoxo asquenaze, leva 7.
No centro do espectro político, o novo movimento centrista Hatnuá da ex-ministra das Relações Exteriores, Tzipi Livni, que pede para que o processo de paz com os palestinos seja retomado, ganha 6 assentos. Já o Meretz (esquerda) alcança 6, os partidos árabes 12 e o Kadima 2.
Netanyahu, apesar de sua vitória limitada e da possibilidade de que a centro-esquerda tente impedir a formação de um governo, é o mais bem situado para formar uma coalizão, segundo os analistas.
Após a divulgação dos primeiros resultados, o primeiro-ministro disse que quer constituir "um governo o mais amplo possível".
"Os resultados das eleições oferecem uma chance de realizar mudanças que os israelenses pedem. Tenho a intenção de realizar esta mudança e, para isso, formar o governo mais amplo possível", declarou diante de seus seguidores em Tel Aviv.
No entanto, o resultado é um fracasso para Netanyahu, que queria uma maioria sólida para ter liberdade de movimentos em política externa, principalmente com os palestinos e a política nuclear iraniana.
Os resultados definitivos serão anunciados em uma semana. O presidente Shimon Peres iniciará então as consultas para determinar quem tem as maiores possibilidades de formar a nova coalizão e deve, ser surpresas, designar o primeiro-ministro para um terceiro mandato, o segundo consecutivo.
Em uma primeira reação palestina, o negociador Saeb Erakat declarou à AFP que "os resultados das eleições israelenses eram um assunto interno israelense", mas disse que "seja qual for a natureza da coalizão governamental, deve querer a paz e seguir o caminho de uma solução com dois Estados para restaurar a credibilidade do processo de paz".
Jerusalém - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, venceu por estreita margem as eleições de terça-feira, o que o obrigará a contar com o centro, o vencedor inesperado destas eleições.
Com 99,5% dos votos apurados, os partidos de direita e de centro-esquerda empataram nas eleições legislativas israelenses, segundo os resultados publicados nesta quarta-feira pela comissão eleitoral central.
O partido centrista Yesh Atid, criado há menos de um ano, se converteu surpreendentemente na segunda força do país e Netanyahu terá que contar com seu líder, o ex-jornalista Yair Lapid, para formar um governo.
Com estes resultados, o bloco de direita nacionalista liderado por Netanyahu, o primeiro-ministro atual, e o de centro-esquerda, que inclui o partido centrista Yesh Atid, obtém cada um 60 assentos.
A coalizão Likud Beitenu, formada pelo Likud de Netanyahu e pelo partido Ysarel Beitenu liderado por seu ex-ministro das Relações Exteriores Avigdor Lieberman, obtém 31 assentos, 11 a menos em comparação com as eleições anteriores.
Por sua vez, o Yesh Atid se converte na segunda formação do país com 19 dos 120 deputados do parlamento, à frente do Partido Trabalhista, que ganha 15 assentos.
Entre os outros partidos considerados aliados potenciais de Netanyahu, o grupo ultranacionalsita e religioso Casa Judaica, de Naftali Bennett, obtém 11 assentos. O ultraortodoxo sefardista Shas ganha 11 assentos, e o Judaísmo Unido da Torá, um grupo ultraortodoxo asquenaze, leva 7.
No centro do espectro político, o novo movimento centrista Hatnuá da ex-ministra das Relações Exteriores, Tzipi Livni, que pede para que o processo de paz com os palestinos seja retomado, ganha 6 assentos. Já o Meretz (esquerda) alcança 6, os partidos árabes 12 e o Kadima 2.
Netanyahu, apesar de sua vitória limitada e da possibilidade de que a centro-esquerda tente impedir a formação de um governo, é o mais bem situado para formar uma coalizão, segundo os analistas.
Após a divulgação dos primeiros resultados, o primeiro-ministro disse que quer constituir "um governo o mais amplo possível".
"Os resultados das eleições oferecem uma chance de realizar mudanças que os israelenses pedem. Tenho a intenção de realizar esta mudança e, para isso, formar o governo mais amplo possível", declarou diante de seus seguidores em Tel Aviv.
No entanto, o resultado é um fracasso para Netanyahu, que queria uma maioria sólida para ter liberdade de movimentos em política externa, principalmente com os palestinos e a política nuclear iraniana.
Os resultados definitivos serão anunciados em uma semana. O presidente Shimon Peres iniciará então as consultas para determinar quem tem as maiores possibilidades de formar a nova coalizão e deve, ser surpresas, designar o primeiro-ministro para um terceiro mandato, o segundo consecutivo.
Em uma primeira reação palestina, o negociador Saeb Erakat declarou à AFP que "os resultados das eleições israelenses eram um assunto interno israelense", mas disse que "seja qual for a natureza da coalizão governamental, deve querer a paz e seguir o caminho de uma solução com dois Estados para restaurar a credibilidade do processo de paz".