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Netanyahu será o primeiro chefe de Governo israelense a visitar o Brasil

O premiê israelense Benjamin Netanyahu deve se encontrar com o presidente eleito Jair Bolsonaro na sexta-feira à tarde, no Rio de Janeiro

Bemjamin Netanyahu: visita de premiê ao país será histórica (Abir Sultan/Reuters)
A

AFP

Publicado em 27 de dezembro de 2018 às 16h56.

Última atualização em 28 de dezembro de 2018 às 07h39.

O primeiro-ministro israelense , Benjamin Netanyahu, partirá na noite desta quinta-feira, 27, para o Brasil, na primeira visita de um chefe de Governo israelense ao país, onde assistirá à posse de Jair Bolsonaro .

Netanyahu também vai se reunir com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, à margem da cerimônia de posse do presidente eleito, a ser realizada no dia 1º de janeiro em Brasília, segundo informou uma autoridade israelense à AFP.

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Netanyahu deve se encontrar com Bolsonaro na sexta-feira à tarde no Rio de Janeiro, de acordo com esta fonte, que pediu para não ser identificada.

Também planeja reuniões com os presidentes do Chile e Honduras, entre outras autoridades, bem como membros da comunidade judaica e um grupo cristão pró-Israel. Netanyahu retornará a Israel em 2 de janeiro, informou a mesma fonte.

Bolsonaro assegurou na terça-feira que a aliança com Israel está avançando e anunciou negociações para um projeto de dessalinização de água na região nordeste do país, atingida pela seca.

O próximo presidente do Brasil disse que deseja seguir os passos de seu colega americano, Donald Trump, e transferir a embaixada brasileira em Israel para Jerusalém. Este anúncio foi celebrado por Netanyahu como "histórico".

Mas com essa medida, Bolsonaro corre o risco de provocar represálias comerciais dos Estados árabes, importantes importadores de carne brasileira.

Para a comunidade internacional, o status de Jerusalém tem que ser negociado entre israelenses e palestinos, e as embaixadas não devem se estabelecer na localidade antes que um acordo seja alcançado.

Por outro lado, a reunião de Netanyahu com Pompeo certamente incluirá discussões sobre a Síria, após a decisão do presidente Donald Trump de retirar os cerca de 2.000 soldados americanos presentes no país em guerra.

Israel está preocupado que seu principal inimigo, o Irã, tenha mais poder de manobra no país vizinho após a retirada dos Estados Unidos.

O Irã apoia o regime do presidente sírio Bashar al-Assad. Por sua vez, Netanyahu prometeu impedir que Teerã se estabeleça militarmente no país fronteiriço.

O primeiro-ministro israelense, que também desempenha o papel de ministro das Relações Exteriores, realizou no ano passado a primeira viagem de um primeiro-ministro israelense à América Latina, visitando Argentina, Colômbia e México.

Seu objetivo tem sido expandir o alcance diplomático de Israel através da exportação de tecnologia e defesa, e tentar persuadir mais países a votarem a seu favor nas Nações Unidas, onde frequentemente recebe duras críticas pelo tratamento dado aos palestinos.

A viagem ao Brasil ocorre em um momento delicado internamente para Netanyahu, depois que o parlamento de Israel aprovou na quarta-feira a decisão de convocar eleições antecipadas em 9 de abril.

Netanyahu procura estender seu longo reinado, mas um grande número de investigações por corrupção compromete o seu futuro.

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