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'Negociações entre Mercosul e UE não estão avançando', diz presidente do Paraguai

Acordo entre os blocos econômicos, firmado em 2019, ainda aguarda ratificação, principalmente por causa de novas demandas ambientais impostas pelos europeus

Santiago Peña, presidente do Paraguai (Paolo Blocco/Getty Images)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 4 de novembro de 2024 às 20h02.

Última atualização em 5 de novembro de 2024 às 14h58.

O presidente do Paraguai, Santiago Peña, disse nesta segunda-feira, durante uma visita ao Brasil, que as negociações para o acordo de livre-comércio entre Mercosul e União Europeia “não estão avançando”.

O presidente paraguaio expressou pessimismo em relação a esse acordo, que está em tratativas há mais de 20 anos, e se declarou “muito crítico” da posição europeia, durante sua participação em um painel no congresso AgroForum, organizado em São Paulo pelo banco BTG Pactual.

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O acordo entre Mercosul e UE foi assinado em 2019, mas ainda não foi ratificado devido a novas exigências ambientais introduzidas pelos europeus.

À margem dessa negociação, Peña garantiu que “se tudo correr bem” o acordo comercial entre Mercosul e Emirados Árabes Unidos será assinado durante a próxima cúpula do G20, que acontece no Rio de Janeiro nos dias 18 e 19 de novembro.

A última reunião de negociação entre os dois lados foi realizada esta semana em Montevidéu, liderada pela delegação paraguaia, que concluiu com “progresso significativo”, de acordo com o Mercosul.

Peña se referiu ao Mercosul, formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia, como “a melhor plataforma” que esses países têm.

No entanto, ressaltou que “gostaria” que a integração entre os parceiros comerciais latino-americanos fosse “muito melhor” e enfatizou a importância do Mercosul no combate à crise alimentar que o mundo está sofrendo.

“Se os países fundadores do Mercosul criarem um acordo forte, ninguém poderá nos combater. Somos os maiores produtores de proteína do mundo e o mundo está enfrentando atualmente uma crise alimentar muito complexa”, analisou Peña.

Para fortalecer essa aliança, o presidente do Paraguai opinou que é necessário “unir forças entre os países, os setores público e privado”.

Peña participou do painel “Paraguai e Brasil: oportunidades para a indústria e o comércio”, moderado pelo presidente do BTG Pactua l, o empresário brasileiro André Esteves.

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