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Naufrágio de barco com refugiados mata ao menos 14 na Grécia

Sobreviventes contaram que viajavam com mais migrantes e refugiados em uma balsa que afundou por causas ainda desconhecidas

Costa grega:  acidente aconteceu perto da costa da Turquia (Simon Dawson/Bloomberg)

Costa grega: acidente aconteceu perto da costa da Turquia (Simon Dawson/Bloomberg)

AB

Agência Brasil

Publicado em 17 de março de 2018 às 09h41.

Última atualização em 17 de março de 2018 às 09h41.

O naufrágio de uma embarcação que seguia rumo à ilha grega de Agathonisi, no arquipélago do Dodecaneso, deixou neste sábado 14 pessoas mortas por afogamento, entre elas quatro menores de idade, segundo o Ministério de Migração da Grécia.

Três sobreviventes chegaram à terra até agora, duas mulheres e um homem, que relataram ter viajado com mais 20 migrantes e refugiados em uma balsa que afundou por causas ainda desconhecidas.

Cinco embarcações da Guarda Litorânea grega, uma da Marinha, um navio da Frontex, três helicópteros, três navios de pescadores e várias embarcações privadas participam dos trabalhos de busca e resgate. Os corpos recuperados correspondem a quatro menores, um homem e uma mulher.

O ministro de Migração grego, Dimitris Vitsas, expressou dor pelo naufrágio e disse acompanhar de perto as operações de resgate e ter tomado todas as medidas necessárias.

"Esta nova tragédia em Agatonisi ressalta da pior e mais triste forma como a vida humana não pode depender nem dos interesses dos traficantes nem dos Estados. Está claro que a solução está na proteção das pessoas, nos procedimentos e rotas seguras para os refugiados e imigrantes", disse Vitsas.

Essa tragédia é o primeiro naufrágio do ano registrado no litoral grego. Agatonisi é uma pequena ilha na parte mais ao norte do arquipélago do Dodecaneso, separada por 18 quilômetros de mar do litoral da Turquia.

Desde a assinatura do acordo de migração entre União Europeia e Turquia, que completará dois anos no domingo, o número de chegadas de refugiados ao litoral grego caiu em torno de 95%. No entanto, quase todos os dias há entradas no país, motivo pelo qual os campos de refugiados nas ilhas permanecem congestionados.

 

 

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