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Museu de Auschwitz pede a Amazon exclusão de livros do partido nazista

Livros de autores do Partido Nazista podem ser comprados na Amazon em alemão, a língua original, mas também em inglês, francês e espanhol

Amazon: empresa foi criticada por permitir venda de livros do Partido Nazista em sua plataforma (Mike Segar/Reuters)
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AFP

Publicado em 22 de fevereiro de 2020 às 11h02.

Última atualização em 22 de fevereiro de 2020 às 11h49.

O Museu de Auschwitz pediu ao empresário bilionário Jeff Bezos que retire os livros infantis antissemitas do período nazista que são vendidos em sua plataforma de vendas Amazon .

"A odiosa, virulentamente antissemita propaganda nazista está disponível à venda não apenas na @AmazonUK" (Reino Unido), afirmou na sexta-feira o Memorial de Auschwitz em sua conta oficial no Twitter.

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"Livros de autores como Julius Streicher podem ser encontrados também na @amazon e @AmazonDE (Alemanha). Estes livros têm que ser eliminados imediatamente @JeffBezos @Amazon", completava a mensagem, acompanhada de capturas de tela com os livros à venda na plataforma.

Entre as obras citadas está o livro infantil antissemita "O cogumelo venenoso", escrito por Julius Streicher, membro do Partido Nazista, e publicado em 1938.

 

O livro pode ser comprado na Amazon em alemão, a língua original ("Der Giftpilz"), mas também em inglês, francês e espanhol, confirmou a agência de notícias AFP em uma busca na internet.

No ano passado, a Lituânia pediu a Amazon a interrupção das vendas de objetos de temática soviética, alegando que o símbolo de foice e do martelo ofendia as vítimas do totalitarismo comunista.

Nos últimos 18 meses, a Amazon suprimiu de sua plataforma vários livros de autores de extrema-direita, como David Duke, ex-líder da Ku Klux Klan, e George Lincoln Rockwell, fundador do Partido Nazista americano, segundo o jornal New York Times.

A Amazon também eliminou outros textos de natureza antissemita, informou o NYT.

Durante a Segunda Guerra Mundial, 1,1 milhão de pessoas - quase um milhão eram judeus - foram assassinadas pelos nazistas no campo de Auschwitz-Birkenau, que ficava no sul da Polônia ocupada, entre 1940 e 1945.

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