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748 milhões de pessoas ainda não têm acesso à água potável

Enquanto isso, a demanda por água para a fabricação de bens de consumo deverá crescer 400 por cento até 2050, em relação ao ano 2000

Mulher carrega baldes de água durante a seca de vilarejo na Indonésia (16/10/2013) (REUTERS/Sigit Pamungkas)

Vanessa Barbosa

Publicado em 20 de março de 2015 às 09h58.

São Paulo - Ainda hoje, cerca de 748 milhões de pessoas no mundo não têm acesso a uma fonte segura de água potável. Enquanto isso, a demanda por água para a fabricação de bens de consumo deverá crescer 400 por cento até 2050 (em relação os índices de 2000).

Os dados preocupantes são de um novo relatório das Nações Unidas, divulgado nesta sexta-feira em Nova Déli, na Índia.

Segundo o estudo "Água para um Mundo Sustentável", o planeta pode enfrentar um déficit de 40% no abastecimento de água até 2030, se não melhorarmos drasticamente a gestão deste recurso precioso.

Os recursos hídricos e os serviços prestados por eles são essenciais para garantir o desenvolvimento sustentável das cidades e dos negócios. Ao mesmo tempo, este desenvolvimento também coloca uma pressão considerável sobre as fontes de água - agricultura, energia e indústria, todas essas atividades possuem impactos sobre o uso e governança da água.

"Há um consenso internacional de que a água e o saneamento são essenciais para a realização dos objetivos de desenvolvimento sustentável. Eles estão intrinsecamente ligados às alterações climáticas, agricultura, segurança alimentar, saúde, energia, igualdade, gênero e educação", disse Michel Jarraud, Presidente da UN-Water e Secretário Geral da Organização Meteorológica Mundial.

O estudo também alerta para a intensificação das disputas hídricas. Conflitos interestaduais e regionais também podem surgir devido à escassez de água e má gestão. Atualmente, 158 das 263 bacias hidrográficas transfronteiriças não têm qualquer tipo de gestão cooperativa.

Outra ameaça à dispobibilidade de água são as alterações climáticas, que podem afetar os padrões de chuvas, influenciando diretamente no ciclo hidrológico.

A redução de precipitação compromete, por exemplo, a recarga de aquíferos, essencial para o abastecimento de metade da população mundial.

Ao mesmo tempo, as reservas subterrâneas têm diminuído. Estima-se que 20% delas são sobreexploradas, o que acarreta em deslizamentos de terras e intrusão de água salgada em áreas costeiras.

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São Paulo - Ainda hoje, cerca de 748 milhões de pessoas no mundo não têm acesso a uma fonte segura de água potável. Enquanto isso, a demanda por água para a fabricação de bens de consumo deverá crescer 400 por cento até 2050 (em relação os índices de 2000).

Os dados preocupantes são de um novo relatório das Nações Unidas, divulgado nesta sexta-feira em Nova Déli, na Índia.

Segundo o estudo "Água para um Mundo Sustentável", o planeta pode enfrentar um déficit de 40% no abastecimento de água até 2030, se não melhorarmos drasticamente a gestão deste recurso precioso.

Os recursos hídricos e os serviços prestados por eles são essenciais para garantir o desenvolvimento sustentável das cidades e dos negócios. Ao mesmo tempo, este desenvolvimento também coloca uma pressão considerável sobre as fontes de água - agricultura, energia e indústria, todas essas atividades possuem impactos sobre o uso e governança da água.

"Há um consenso internacional de que a água e o saneamento são essenciais para a realização dos objetivos de desenvolvimento sustentável. Eles estão intrinsecamente ligados às alterações climáticas, agricultura, segurança alimentar, saúde, energia, igualdade, gênero e educação", disse Michel Jarraud, Presidente da UN-Water e Secretário Geral da Organização Meteorológica Mundial.

O estudo também alerta para a intensificação das disputas hídricas. Conflitos interestaduais e regionais também podem surgir devido à escassez de água e má gestão. Atualmente, 158 das 263 bacias hidrográficas transfronteiriças não têm qualquer tipo de gestão cooperativa.

Outra ameaça à dispobibilidade de água são as alterações climáticas, que podem afetar os padrões de chuvas, influenciando diretamente no ciclo hidrológico.

A redução de precipitação compromete, por exemplo, a recarga de aquíferos, essencial para o abastecimento de metade da população mundial.

Ao mesmo tempo, as reservas subterrâneas têm diminuído. Estima-se que 20% delas são sobreexploradas, o que acarreta em deslizamentos de terras e intrusão de água salgada em áreas costeiras.

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