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Mulheres sauditas desafiam autoridades e voltam a dirigir

As mulheres sauditas que defendem o direito de dirigir voltarão no sábado ao volante, desafiando as autoridades do Reino

Ativista saudita na direção: mulheres exigem há três décadas o direito de conduzir neste reino ultraconservador (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2013 às 09h34.

Dubai - As mulheres sauditas que defendem o direito de dirigir voltarão no sábado ao volante, desafiando as autoridades do Reino que, no entanto, pela primeira vez dão sinais de abertura, apesar da oposição dos ultrarreligiosos.

Sob o lema "dirigir é uma escolha", as militantes convocaram nas redes sociais a fazer do dia 26 de outubro o eixo de uma campanha lançada em setembro neste país, o único do mundo onde as mulheres não têm direito de dirigir um automóvel.

"No dia 26 de outubro, as mulheres da Arábia Saudita demonstrarão sua determinação (...) para que este assunto seja resolvido", afirma à AFP Manal al-Sharif, que esteve presa durante nove dias em maio de 2011 por ter publicado um vídeo de si mesma dirigindo.

Esta mulher de 34 anos, especialista em informática e ícone da campanha anterior em 2011, afirma que as mulheres já começaram a responder ao chamado e que foram postados on-line "mais de 50 vídeos mostrando mulheres dirigindo".

Com exceção de duas delas, as motoristas não foram importunadas pelos policiais, diferentemente do que ocorreu na campanha de 2011.

Manal al-Sharif, que agora vive em Dubai, explica que a campanha não irá se deter.

"Haverá um 26 de novembro, um 26 de dezembro, um 26 de janeiro, até que as autoridades entreguem a primeira autorização para dirigir a uma mulher saudita", afirmou.

As mulheres exigem há três décadas o direito de conduzir neste reino ultraconservador.

No entanto, as autoridades começam a emitir alguns sinais positivos.

O chefe da poderosa polícia religiosa, Abdel Latif al-Sheikh, assim como o ministro da Justiça, Mohamad al-Isa, afirmaram que nenhum texto religioso estipula que a mulher não tem o direito de dirigir.

Já um religioso conservador, Saleh al-Luhaydan, afirmou na semana passada que as mulheres que dirigiam corriam o risco de ter filhos anormais "devido à pressão sobre seus ovários".

As mulheres sauditas precisam de autorização de um tutor masculino - pai, irmão ou marido - para viajar, trabalhar ou inclusive se casar.

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Dubai - As mulheres sauditas que defendem o direito de dirigir voltarão no sábado ao volante, desafiando as autoridades do Reino que, no entanto, pela primeira vez dão sinais de abertura, apesar da oposição dos ultrarreligiosos.

Sob o lema "dirigir é uma escolha", as militantes convocaram nas redes sociais a fazer do dia 26 de outubro o eixo de uma campanha lançada em setembro neste país, o único do mundo onde as mulheres não têm direito de dirigir um automóvel.

"No dia 26 de outubro, as mulheres da Arábia Saudita demonstrarão sua determinação (...) para que este assunto seja resolvido", afirma à AFP Manal al-Sharif, que esteve presa durante nove dias em maio de 2011 por ter publicado um vídeo de si mesma dirigindo.

Esta mulher de 34 anos, especialista em informática e ícone da campanha anterior em 2011, afirma que as mulheres já começaram a responder ao chamado e que foram postados on-line "mais de 50 vídeos mostrando mulheres dirigindo".

Com exceção de duas delas, as motoristas não foram importunadas pelos policiais, diferentemente do que ocorreu na campanha de 2011.

Manal al-Sharif, que agora vive em Dubai, explica que a campanha não irá se deter.

"Haverá um 26 de novembro, um 26 de dezembro, um 26 de janeiro, até que as autoridades entreguem a primeira autorização para dirigir a uma mulher saudita", afirmou.

As mulheres exigem há três décadas o direito de conduzir neste reino ultraconservador.

No entanto, as autoridades começam a emitir alguns sinais positivos.

O chefe da poderosa polícia religiosa, Abdel Latif al-Sheikh, assim como o ministro da Justiça, Mohamad al-Isa, afirmaram que nenhum texto religioso estipula que a mulher não tem o direito de dirigir.

Já um religioso conservador, Saleh al-Luhaydan, afirmou na semana passada que as mulheres que dirigiam corriam o risco de ter filhos anormais "devido à pressão sobre seus ovários".

As mulheres sauditas precisam de autorização de um tutor masculino - pai, irmão ou marido - para viajar, trabalhar ou inclusive se casar.

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