Mulheres não podem ser iguais a homens, diz Erdogan
O presidente islamita conservador turco defendeu que o lugar da mulher na sociedade é na maternidade
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Da Redação
Publicado em 24 de novembro de 2014 às 11h35.
Istambul - O presidente islamita conservador turco, Recep Tayyp Erdogan , afirmou nesta segunda-feira que as mulheres não podem ser iguais aos homens e defendeu que o lugar da mulher na sociedade é a maternidade.
"Nossa religião definiu um lugar para as mulheres: a maternidade", disse Erdogan em Istambul, diante de um público majoritariamente feminino reunido para um evento sobre justiça e mulheres.
"Algumas pessoas entendem isso, outras não. Não é possível explicar isso às feministas, porque não aceitam a própria ideia de maternidade", acrescentou.
O chefe de Estado ressaltou que homens e mulheres não podem ser tratados da mesma forma porque "vai contra a natureza humana". "Não se pode pedir que uma mulher faça todos os tipos de trabalho que um homem faz", acrescentou.
O presidente provocou em diversas ocasiões a ira dos movimentos feministas turcos ao tentar limitar, sem sucesso, o direito ao aborto ou recomendar às mulheres que tenham ao menos três filhos.
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2 /15(Getty Images)
- 9 de 987 que concorreram nas eleições de 2012 conseguiram se eleger
- 27,2 milhões de egípcias foram vítimas de mutilação genital
- 99,3% já sofreu assédio sexual
- 37% são analfabetas
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3 /15(AHMAD AL-RUBAYE/AFP/Getty Images)
- 72,4% das mulheres nas áres rurais e 64,1% das mulheres nas áreas urbanas precisam pedir permissão aos seus maridos para irem a uma clínica de saúde
- Iraquianas precisam de autorização de um homem para obter passaporte
- Apenas 14,5% das iraquianas adultas têm um emprego
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4 /15(Anwar Amro/AFP)
- Apenas 16% das mulheres trabalham
- Mais de 4 mil casos de estupro e mutilação genital contra mulheres foram relatados ao Syrian Network for Human Rights
- Mais de um milhão de mulheres sírias estão refugiadas
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5 /15(MOHAMMED HUWAIS/AFP/GettyImages)
- 210 mães morrem a cada 100 mil nascimentos
- 98,9% das mulheres já sofreram com assédio sexual na rua
- 53% das meninas completam os estudos, enquanto a taxa entre os meninos é de 73%
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6 /15(ASHRAF SHAZLY/AFP/Getty Images)
- A idade mínima para meninas casarem é de 10 anos
- 730 mulheres morrem para cada 100 mil nascimentos
- Por lei, mulheres podem ser presas por usarem vestido
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7 /15(JOSEPH EID/AFP/Getty Images)
- Apenas em 2004 uma mulher conseguiu uma posição ministerial na política
- Mulheres que fazem abortos ilegais (quando não correm risco de morte) podem ser presas por até sete anos
- Uma lei permite que um estuprador evite a prisão caso ele se case com a vítima
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8 /15(MAHMUD HAMS/AFP/Getty Images)
- Em Gaza, 51% das mulheres casadas já sofreram abuso doméstico
- Apenas 17% das mulheres têm um emprego
- O direito ao voto veio apenas em 1996
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9 /15(PHIL MOORE/AFP/Getty Images)
- Em 2012, 1700 mulheres foram estupradas em campos de refugiados
- 1200 mulheres morrem a cada 100 mil nascimentos
- Apenas 39% têm um emprego. Na região controlada pelo grupo radical islâmico Al Shabaab, elas são proibidas de trabalharem
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10 /15(MOHAMMED AL-SHAIKH/AFP/Getty Images)
- Mulheres só ganharam o direito ao voto em 2002
- 30% já sofreu algum tipo de abuso doméstico
- Apenas 40% trabalham
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11 /15(ABDELHAK SENNA/AFP/Getty Images)
- Mulheres são condenadas por se separarem de seus maridos
- 56% das mulheres entre 15 e 49 anos são analfabetas
- Nos três primeiros meses de 2008, 17 mil casos de abusos contra mulheres foram denunciados. Em 78,8% deles, o acusado era o próprio marido
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12 /15(KARIM JAAFAR/AFP/Getty Images)
- 550 casos de abusos domésticos foram relatados em 2012
- Elas precisam de permissão de seus maridos para dirigir
- 51,8% das mulheres trabalham
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13 /15(YASSER AL-ZAYYAT/AFP/Getty Images)
- Não há leis sobre abuso doméstico ou estupro cometido pelo próprio marido
- Em 2005, elas ganharam o direito ao voto
- Elas têm direito a dez semanas de licença quando têm filhos
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14 /15(BORIS HORVAT/AFP/Getty Image)
- 20% dos ministérios são femininos, assim como 3% do parlamento
- 50% já sofreu abuso sexual
- 35% está no mercado de trabalho
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15 /15(Reprodução)