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Muçulmanos protestam contra lei que limita som alto em mesquitas

O projeto de lei foi aprovado no domingo pelo Conselho de Ministros do governo israelense, mas está bloqueado por um recurso

Protesto: a legislação é destinada a minimizar inconvenientes gerados aos cidadãos dos centros de oração, mas despertou o fantasma da luta religiosa (Mahmoud Khaled/AFP)
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EFE

Publicado em 18 de novembro de 2016 às 12h51.

Jerusalém - Mais de 1.000 muçulmanos se manifestaram nesta sexta-feira em várias cidades de Israel contra um projeto de lei do governo para reduzir o volume dos alto-falantes que convocam para a oração nas mesquitas.

A imprensa local informou que em cidades como Kafr Qasim, Tayibe e Rahat foram feitas manifestações ao final da tradicional oração das sextas-feiras, com a participação de centenas de pessoas em cada uma.

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O projeto de lei foi aprovado no domingo pelo Conselho de Ministros do governo israelense, mas está bloqueado por um recurso da oposição dos partidos ultra-ortodoxos judeus, que temem que seus costumes religiosos também sejam afetados, como o uso de sirenes para anunciar o início do shabat, o dia do descanso semanal judaico, feito aos sábados. Com a oposição dos partidos, o projeto voltou ao executivo.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, defendeu que a legislação é destinada a minimizar inconvenientes gerados aos cidadãos dos centros de oração, mas despertou o fantasma da luta religiosa.

Em um protesto ontem em Umm al-Fahm, a principal cidade árabe de Israel e reduto da ilegalizada Northern Faction of the Islamic Movement (Facção Norte do Movimento Islâmico), o deputado Youssef Yabarin afirmou que milhares de pessoas sairão às ruas se a lei passar na primeira leitura.

"Os árabes são uma minoria e a ligação entre as mesquitas e à oração faz parte de sua identidade coletiva", declarou ao popular portal de notícias "Walla".

Até mesmo a Autoridade Nacional Palestina (ANP) advertiu que pedirá ajuda ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se Israel levar adiante o projeto de lei, conforme afirmou no último dia 18 o porta-voz presidencial Nabil Abu Rudeina.

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