Movimento vê fala de Trump como mais negativa da história
"Trump propõe uma nova e obscura era na qual a polícia terá carta branca para aterrorizar nossas comunidades", disse o grupo
Da Redação
Publicado em 22 de julho de 2016 às 12h26.
Cleveland - A organização "Black Lives Matter" (As vidas dos negros importam) considerou o discurso de Donald Trump , no qual diz que aceita a candidatura republicana à presidência na noite de quinta-feira, como o "mais negativo da história".
O grupo, surgido em 2012 por causa dos casos de violência policial contra cidadãos negros, destacou em comunicado que, em seu discurso, Trump "conseguiu vilipendiar e criminalizar pessoas de todos os tipos, desde os imigrantes latinos, passando pelos muçulmanos e os negros ".
"Enquanto nosso movimento prevê um futuro brilhante no qual todo o mundo seja tratado com dignidade e respeito, Trump propõe uma nova e obscura era na qual a polícia terá carta branca para aterrorizar nossas comunidades", disse o grupo.
Em seu discurso, o magnata nova-iorquino se apresentou como o candidato da "lei e da ordem".
O atual presidente, Barack Obama, o primeiro de raça negra na história do país, "usou o púlpito para nos dividir pela raça e pela cor, criou nos Estados Unidos um ambiente mais perigoso para todos", afirmou Trump.
"Tenho uma mensagem para todos aqueles que ameaçam a paz em nossas ruas e a segurança de nossa polícia: quando fizer o juramento de presidente, restaurarei a lei e a ordem", disse Trump em referência aos dois tiroteios que neste mês acabaram com a vida de oito policiais em Dallas (Texas) e Baton Rouge (Louisiana), ambos motivados pelas tensões raciais.
"O povo negro e seus aliados demandaram um novo caminho para alcançar a segurança de nossas comunidades, um que envolva uma verdadeira prestação de contas da polícia", insistiu a organização "Black Lives Matter" em seu comunicado.
"Já teve (o presidente) Richard Nixon desencadeando a guerra contra as drogas e a guerra mais aberta contra o povo negro do (governador do Alabama) George Wallace, já escutei tudo isso antes e não vão me enganar de novo", declarou no mesmo comunicado a co-fundadora do grupo Alicia Garza.
Donald Trump "se comprometeu a lutar pelos americanos, enquanto ameaçava a grande maioria deste país com prisão, deportação e uma cultura do medo", acrescentou a ativista, que qualificou o candidato de fascista.
Em seu discurso de ontem à noite, Trump propôs suspender imediatamente a imigração de todos os países afetados pelo terrorismo jihadista até que os Estados Unidos tenha um sistema de apuração rigoroso.
O magnata republicano insistiu que é preciso proibir a entrada ao país de todos os muçulmanos "até que as autoridades determinem o que está ocorrendo".
"A visão aterrorizadora que Donald J. Trump apresenta, o situa entre alguns dos piores fascistas da história", acrescentou a organização defensora dos direitos civis dos negros.
A organização "Black Lives Matter" se transformou em uma voz contra os supostos abusos policiais contra os negros com a convocação de protestos quando ocorreram casos de violência policial, que são denunciados com cada vez mais frequência nos EUA nos últimos anos pela gravação dos incidentes com telefones celulares e dispositivos da própria polícia.
Cleveland - A organização "Black Lives Matter" (As vidas dos negros importam) considerou o discurso de Donald Trump , no qual diz que aceita a candidatura republicana à presidência na noite de quinta-feira, como o "mais negativo da história".
O grupo, surgido em 2012 por causa dos casos de violência policial contra cidadãos negros, destacou em comunicado que, em seu discurso, Trump "conseguiu vilipendiar e criminalizar pessoas de todos os tipos, desde os imigrantes latinos, passando pelos muçulmanos e os negros ".
"Enquanto nosso movimento prevê um futuro brilhante no qual todo o mundo seja tratado com dignidade e respeito, Trump propõe uma nova e obscura era na qual a polícia terá carta branca para aterrorizar nossas comunidades", disse o grupo.
Em seu discurso, o magnata nova-iorquino se apresentou como o candidato da "lei e da ordem".
O atual presidente, Barack Obama, o primeiro de raça negra na história do país, "usou o púlpito para nos dividir pela raça e pela cor, criou nos Estados Unidos um ambiente mais perigoso para todos", afirmou Trump.
"Tenho uma mensagem para todos aqueles que ameaçam a paz em nossas ruas e a segurança de nossa polícia: quando fizer o juramento de presidente, restaurarei a lei e a ordem", disse Trump em referência aos dois tiroteios que neste mês acabaram com a vida de oito policiais em Dallas (Texas) e Baton Rouge (Louisiana), ambos motivados pelas tensões raciais.
"O povo negro e seus aliados demandaram um novo caminho para alcançar a segurança de nossas comunidades, um que envolva uma verdadeira prestação de contas da polícia", insistiu a organização "Black Lives Matter" em seu comunicado.
"Já teve (o presidente) Richard Nixon desencadeando a guerra contra as drogas e a guerra mais aberta contra o povo negro do (governador do Alabama) George Wallace, já escutei tudo isso antes e não vão me enganar de novo", declarou no mesmo comunicado a co-fundadora do grupo Alicia Garza.
Donald Trump "se comprometeu a lutar pelos americanos, enquanto ameaçava a grande maioria deste país com prisão, deportação e uma cultura do medo", acrescentou a ativista, que qualificou o candidato de fascista.
Em seu discurso de ontem à noite, Trump propôs suspender imediatamente a imigração de todos os países afetados pelo terrorismo jihadista até que os Estados Unidos tenha um sistema de apuração rigoroso.
O magnata republicano insistiu que é preciso proibir a entrada ao país de todos os muçulmanos "até que as autoridades determinem o que está ocorrendo".
"A visão aterrorizadora que Donald J. Trump apresenta, o situa entre alguns dos piores fascistas da história", acrescentou a organização defensora dos direitos civis dos negros.
A organização "Black Lives Matter" se transformou em uma voz contra os supostos abusos policiais contra os negros com a convocação de protestos quando ocorreram casos de violência policial, que são denunciados com cada vez mais frequência nos EUA nos últimos anos pela gravação dos incidentes com telefones celulares e dispositivos da própria polícia.