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Morte de indiana grávida na Irlanda provoca manifestação

Os médicos não quiseram interromper a gravidez de risco da mulher alegando que o aborto é proibido naquele país católico

Indianos protestam em Nova Délhi contra a morte de Savita Halappanavar em um hospital irlandês: o embaixador indiano na Irlanda deve pedir  uma investigação sobre o caso (Raveendran/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2012 às 12h43.

Nova Délhi - Dezenas de de pessoas se manifestaram nesta sexta-feira em frente à embaixada da Irlanda em Nova Délhi para protestar contra a morte de uma indiana em um hospital irlandês, onde médicos não quiseram interromper sua gravidez de risco alegando que o aborto é proibido neste país católico.

Os manifestantes, com retratos de Savita Halappanavar, uma dentista de 31 anos morta de infecção generalizada em 28 de outubro no hospital universitário de Galway (oeste da Irlanda), acusaram as autoridades do país de um "assassinato médico".

Uma delegação de quatro pessoas foi recebida pelo embaixador.

O embaixador indiano na Irlanda deve pedir "uma investigação independente e transparente sobre este caso", indicou o porta-voz do ministério indiano das Relações Exteriores, Syed Akbaruddin.

A mulher chegou ao hospital em 21 de outubro com muita dor nas costas. Após ser informada que estava tendo um aborto espontâneo, ela pediu que os médicos interrompessem sua gravidez, informou o seu marido ao Irish Times.

"Quando o médico veio vê-la segunda de manhã, Savita estava muito abalada, mas conformada com a ideia de que perderia o bebê. Ela pediu que sua gravidez fosse interrompida, caso não pudessem salvar a criança", declarou ao jornal.

"O médico respondeu: 'enquanto houver um ritmo cardíaco fetal, não poderemos fazer nada'", relatou o viúvo.

Apenas na quarta-feira, quando o coração do feto parou de bater, os médicos realizaram o processo de curetagem. Levada para a UTI, a mãe faleceu.

O aborto é proibido na Irlanda, salvo quando a vida da mãe está em risco, segundo decisão da Suprema Corte de 1992. No entanto, nenhuma lei foi votada para que esta decisão fosse aplicada.

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Os manifestantes, com retratos de Savita Halappanavar, uma dentista de 31 anos morta de infecção generalizada em 28 de outubro no hospital universitário de Galway (oeste da Irlanda), acusaram as autoridades do país de um "assassinato médico".

Uma delegação de quatro pessoas foi recebida pelo embaixador.

O embaixador indiano na Irlanda deve pedir "uma investigação independente e transparente sobre este caso", indicou o porta-voz do ministério indiano das Relações Exteriores, Syed Akbaruddin.

A mulher chegou ao hospital em 21 de outubro com muita dor nas costas. Após ser informada que estava tendo um aborto espontâneo, ela pediu que os médicos interrompessem sua gravidez, informou o seu marido ao Irish Times.

"Quando o médico veio vê-la segunda de manhã, Savita estava muito abalada, mas conformada com a ideia de que perderia o bebê. Ela pediu que sua gravidez fosse interrompida, caso não pudessem salvar a criança", declarou ao jornal.

"O médico respondeu: 'enquanto houver um ritmo cardíaco fetal, não poderemos fazer nada'", relatou o viúvo.

Apenas na quarta-feira, quando o coração do feto parou de bater, os médicos realizaram o processo de curetagem. Levada para a UTI, a mãe faleceu.

O aborto é proibido na Irlanda, salvo quando a vida da mãe está em risco, segundo decisão da Suprema Corte de 1992. No entanto, nenhuma lei foi votada para que esta decisão fosse aplicada.

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