Ministro indiano defende fim da educação sexual
O ministro da Saúde da Índia gerou uma nova polêmica após defender a proibição da educação sexual nas escolas do país
Da Redação
Publicado em 27 de junho de 2014 às 14h11.
Nova Deli - O ministro da Saúde da <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/india">Índia</a></strong>, Harsh Vardhan, gerou uma nova polêmica ao defender a proibição da educação sexual nas <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/escolas">escolas</a></strong> do país, sendo que, nesta semana, ele já havia contestado o uso de preservativos para exaltar a fidelidade no casamento.</p>
"A chamada educação sexual tem que ser proibida. A ioga, sim, deve ser obrigatória nos centros escolares", sugeriu o ministro de Saúde e Bem-estar Familiar em um documento divulgado em seu site.
O documento em questão gerou uma nova polêmica no país, a segunda relacionada às opiniões do ministro na semana. Isso porque, na última terça-feira, Vardhan causou um grande alvoroço ao dizer que, apesar do preservativo ser um método seguro para evitar doenças sexualmente transmissíveis , a maior segurança é a fidelidade dentro do casamento.
Em seu site, o ministro se mostra partidário de reforçar o ensino da cultura tradicional nas escolas, não só em relação a matérias como a música indiana, mas especialmente sobre "patriotismo, cuidados sanitários - o que inclui a educação sexual -, consciência social e espiritualidade".
Diante das críticas aos seus planos na imprensa, o político do hinduísta BJP, partido que governa na Índia com maioria absoluta há um mês, se manifestou através de sua conta no Twitter.
"Estou contra a "chamada" educação sexual" introduzida em 2007 pelo governo anterior (liderado pelo Partido do Congresso, agora na oposição). Não da educação sexual em si, mas contra a rudeza e vulgaridade", argumentou.
Na rede social Facebook, o ministro acrescentou que "a grosseria e a representação gráfica de símbolos culturalmente censuráveis manifestadas no chamado programa de educação sexual do Executivo anterior não podem ser chamados educação sexual".
Os conteúdos educativos devem ir "contra a discriminação sexual, a gravidez precoce, a proliferação da Aids ou a dependência da pornografia", concluiu o político.