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Ministro egípcio alerta para onda de terror após atentado

Mohamed Ibrahim sobreviveu ileso a uma tentativa de assassinato, quando um carro-bomba explodiu perto do comboio em que trafegava

Ministro do Interior do Egito, Mohamed Ibrahim, entra em seu carro após participar do funeral de policiais mortos durante confrontos no Cairo (Muhammad Hamed/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2013 às 16h21.

Cairo - O ministro do Interior do Egito , Mohamed Ibrahim, sobreviveu ileso a uma tentativa de assassinato nesta quinta-feira, quando um carro-bomba explodiu perto do comboio em que trafegava, e disse que o incidente é apenas o início de uma onda de terrorismo desencadeada por oponentes do governo apoiado pelos militares.

Ibrahim foi um dos responsáveis por comandar a violenta repressão a partidários de Mohamed Mursi, presidente islâmico eleito democraticamente que foi destituído do poder pelo Exército há dois meses, após manifestações de massa contra seu governo.

Nenhuma organização reivindicou de imediato a responsabilidade pelo ataque, o maior já realizado contra o novo regime.

A Irmandade Muçulmana, entidade à qual Mursi pertence e que é acusada pelo governo de terrorismo e incitação à violência, condenou o ataque. Mas a explosão mostrou o risco de a crise política no Egito desencadear uma onda de atentados de islamistas, como os realizados nos anos 1980 e 1990.

"O que aconteceu hoje não é o fim, mas o começo", afirmou Ibrahim.

O chefe da segurança do Cairo, Osama Al-Saghir, disse que a emboscada teve início segundos depois de Ibrahim deixar sua casa em Nasr City, na capital, a caminho do trabalho.

Um veículo que estava à frente do comboio explodiu e o carro blindado em que o ministro estava foi alvo de intenso tiroteio, afirmou Saghir ao jornal Al-Ahram.

"O motorista do carro-bomba encontrou seu fim, e os investigadores encontraram os restos de outro corpo, que estão sendo examinados", disse Al-Saghir.


Um dos líderes da Irmandade, Amr Darrag, emitiu um comunicado em nome da Aliança Antigolpe, liderada pela Irmandade, condenando fortemente o atentado.

Mursi, primeiro presidente eleito democraticamente no Egito, foi destituído em 3 de julho. As novas autoridades impuseram o estado de emergência e toques de recolher noturnos, e prenderam Mursi e a maioria dos dirigentes da Irmandade.

Mais de 900 partidários da Irmandade foram mortos, muitos deles quando forças de segurança atacaram um acampamento de protesto pró-Mursi no Cairo, em 14 de agosto, e pelo menos 2 mil foram presos. Cerca de cem membros das forças de segurança também foram mortos na violência política.

A Irmandade Muçulmana diz estar comprometida com a resistência pacífica e por duas vezes na semana passada levou milhares de pessoas às ruas para condenar o que qualifica como golpe contra a democracia.

No começo da semana, Ibrahim havia dito estar informado de planos para matá-lo e que "elementos estrangeiros" estavam envolvidos. O chefe das Forças Armadas, general Abdel Fattah al-Sisi, então lhe forneceu um carro blindado, afirmou o ministro.

Houve relatos conflitantes sobre o modo como ocorreu o ataque.

Forças de segurança contatadas pela Reuters disseram que três bombas colocadas numa motocicleta tinham sido detonadas na passagem do comboio. A TV estatal informou que uma bomba foi lançada de um telhado.

Ibrahim disse que o ataque destruiu quatro veículos de seus guarda-costas. Segundo ele, um oficial da polícia estava em estado crítico e um outro policial e uma criança haviam perdido membros.

"Muitos de meus guardas foram feridos", afirmou ele, acrescentando que a explosão tinha sido detonada por controle remoto. Segundo a mídia estatal, 22 pessoas ficaram feridas.

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Ibrahim foi um dos responsáveis por comandar a violenta repressão a partidários de Mohamed Mursi, presidente islâmico eleito democraticamente que foi destituído do poder pelo Exército há dois meses, após manifestações de massa contra seu governo.

Nenhuma organização reivindicou de imediato a responsabilidade pelo ataque, o maior já realizado contra o novo regime.

A Irmandade Muçulmana, entidade à qual Mursi pertence e que é acusada pelo governo de terrorismo e incitação à violência, condenou o ataque. Mas a explosão mostrou o risco de a crise política no Egito desencadear uma onda de atentados de islamistas, como os realizados nos anos 1980 e 1990.

"O que aconteceu hoje não é o fim, mas o começo", afirmou Ibrahim.

O chefe da segurança do Cairo, Osama Al-Saghir, disse que a emboscada teve início segundos depois de Ibrahim deixar sua casa em Nasr City, na capital, a caminho do trabalho.

Um veículo que estava à frente do comboio explodiu e o carro blindado em que o ministro estava foi alvo de intenso tiroteio, afirmou Saghir ao jornal Al-Ahram.

"O motorista do carro-bomba encontrou seu fim, e os investigadores encontraram os restos de outro corpo, que estão sendo examinados", disse Al-Saghir.


Um dos líderes da Irmandade, Amr Darrag, emitiu um comunicado em nome da Aliança Antigolpe, liderada pela Irmandade, condenando fortemente o atentado.

Mursi, primeiro presidente eleito democraticamente no Egito, foi destituído em 3 de julho. As novas autoridades impuseram o estado de emergência e toques de recolher noturnos, e prenderam Mursi e a maioria dos dirigentes da Irmandade.

Mais de 900 partidários da Irmandade foram mortos, muitos deles quando forças de segurança atacaram um acampamento de protesto pró-Mursi no Cairo, em 14 de agosto, e pelo menos 2 mil foram presos. Cerca de cem membros das forças de segurança também foram mortos na violência política.

A Irmandade Muçulmana diz estar comprometida com a resistência pacífica e por duas vezes na semana passada levou milhares de pessoas às ruas para condenar o que qualifica como golpe contra a democracia.

No começo da semana, Ibrahim havia dito estar informado de planos para matá-lo e que "elementos estrangeiros" estavam envolvidos. O chefe das Forças Armadas, general Abdel Fattah al-Sisi, então lhe forneceu um carro blindado, afirmou o ministro.

Houve relatos conflitantes sobre o modo como ocorreu o ataque.

Forças de segurança contatadas pela Reuters disseram que três bombas colocadas numa motocicleta tinham sido detonadas na passagem do comboio. A TV estatal informou que uma bomba foi lançada de um telhado.

Ibrahim disse que o ataque destruiu quatro veículos de seus guarda-costas. Segundo ele, um oficial da polícia estava em estado crítico e um outro policial e uma criança haviam perdido membros.

"Muitos de meus guardas foram feridos", afirmou ele, acrescentando que a explosão tinha sido detonada por controle remoto. Segundo a mídia estatal, 22 pessoas ficaram feridas.

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