Exame Logo

Premiê da Itália ameaça renunciar se Senado bloquear reforma

Matteo Renzi vinculou seu futuro político a um pacote de reformas que pretende criar um governo mais estável ao retirar funções importantes do Senado

Primeiro-ministro italiano Matteo Renzi: político disse que sem uma mudança no sistema o país corre o risco de ficar amarrado a uma série de governos de curta duração (REUTERS/Giampiero Sposito)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de março de 2014 às 20h43.

Roma - O primeiro-ministro da Itália , Matteo Renzi, vinculou nesta segunda-feira seu futuro político a um pacote de reformas que pretende criar um governo mais estável ao retirar funções importantes do Senado e concentrar o poder na Câmara dos Deputados.

Na última etapa de sua ambiciosa iniciativa de reforma, o gabinete assinou um projeto de lei para transformar o Senado em uma câmara regional não-eleita, sem o poder de aprovar orçamentos ou votos de confiança do governo.

As reformas constitucionais não terão impacto direto sobre a combalida economia da Itália, que ainda luta para superar sua pior recessão do pós-guerra e sofre com uma dívida pública de 2 trilhões de euros (2,8 trilhões de dólares).

Mas Renzi, terceiro primeiro-ministro da Itália em um ano, disse que sem uma mudança no sistema o país corre o risco de ficar amarrado a uma série de governos de curta duração, incapazes de aprovar reformas econômicas significativas.

Se a mudança no Senado, que exigirá uma alteração na Constituição, for bloqueada no Parlamento, ele disse que esse seria um sinal de que fracassou na política e, portanto, iria "assumir as consequências".

"Eu não estou aqui para ocupar um assento. Estou aqui para tentar mudar a Itália", afirmou Renzi, chefe do Partido Democrático, de centro-esquerda, em entrevista coletiva após a reunião de gabinete.

"Se você quiser pedir a um cidadão, um empresário, uma mãe, um trabalhador, para assumirem um risco e você não está disposto a assumir um risco, você não é digno de confiança", disse ele.

Renzi, de 39 anos, ex-prefeito de Florença, tornou-se o primeiro-ministro mais jovem da Itália, depois de dar um golpe interno em seu partido, em fevereiro, e assumir a frente da complicada coalizão interpartidária formada depois do impasse na eleição geral do ano passado.

Veja também

Roma - O primeiro-ministro da Itália , Matteo Renzi, vinculou nesta segunda-feira seu futuro político a um pacote de reformas que pretende criar um governo mais estável ao retirar funções importantes do Senado e concentrar o poder na Câmara dos Deputados.

Na última etapa de sua ambiciosa iniciativa de reforma, o gabinete assinou um projeto de lei para transformar o Senado em uma câmara regional não-eleita, sem o poder de aprovar orçamentos ou votos de confiança do governo.

As reformas constitucionais não terão impacto direto sobre a combalida economia da Itália, que ainda luta para superar sua pior recessão do pós-guerra e sofre com uma dívida pública de 2 trilhões de euros (2,8 trilhões de dólares).

Mas Renzi, terceiro primeiro-ministro da Itália em um ano, disse que sem uma mudança no sistema o país corre o risco de ficar amarrado a uma série de governos de curta duração, incapazes de aprovar reformas econômicas significativas.

Se a mudança no Senado, que exigirá uma alteração na Constituição, for bloqueada no Parlamento, ele disse que esse seria um sinal de que fracassou na política e, portanto, iria "assumir as consequências".

"Eu não estou aqui para ocupar um assento. Estou aqui para tentar mudar a Itália", afirmou Renzi, chefe do Partido Democrático, de centro-esquerda, em entrevista coletiva após a reunião de gabinete.

"Se você quiser pedir a um cidadão, um empresário, uma mãe, um trabalhador, para assumirem um risco e você não está disposto a assumir um risco, você não é digno de confiança", disse ele.

Renzi, de 39 anos, ex-prefeito de Florença, tornou-se o primeiro-ministro mais jovem da Itália, depois de dar um golpe interno em seu partido, em fevereiro, e assumir a frente da complicada coalizão interpartidária formada depois do impasse na eleição geral do ano passado.

Acompanhe tudo sobre:Crise políticaEuropaItáliaPaíses ricosPiigsPolítica

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame