Ministro da Defesa israelense ordena que militares 'intensifiquem operações em Gaza'
Decisão ocorre três dias depois que as Forças de Defesa do país romperam o cessar-fogo


Agência de Notícias
Publicado em 20 de março de 2025 às 15h12.
O ministro da Defesa insraelense, Israel Katz, ordenou que suas tropas "continuem a intensificar as operações na Faixa de Gaza " nesta quinta-feira, três dias depois que as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) romperam o cessar-fogo e realizaram novos bombardeios no enclave, que já mataram pelo menos 506 pessoas, a maioria mulheres e menores de idade, de acordo com autoridades palestinas.
"Já estamos vendo que a pressão militar está afetando a posição do Hamas. Não vamos parar até que eles libertem os reféns", disse Katz durante uma reunião com o chefe do Estado-Maior Geral, Eyal Zamir, e outras autoridades de defesa sênior para avaliar a situação da segurança.
As famílias dos reféns se opõem à pressão militar como estratégia para fazer com que o Hamas liberte os 59 reféns que ainda mantém em seu poder (35 deles mortos, segundo Israel), temendo que suas vidas sejam ceifadas por bombas israelenses ou que o grupo islâmico os sacrifique.
No início desta quinta-feira, as IDF também anunciaram, em uma comunicado separado, que mataram o chefe da força de segurança do Hamas, Rashid Jahjuh, que, segundo a declaração, chefiava "uma unidade secreta central dentro do grupo islâmico".
Na mesma nota, a entidade acrescentou que também havia matado o chefe do setor de Khan Younis (sul de Gaza) do Hamas, Ayman Atsalih, e Ismail Abd al-Aal, o qual descreveu como "um terrorista importante na unidade de contrabando de armas da Jihad Islâmica".
Desde que Israel rompeu o cessar-fogo com uma onda de bombardeios em Gaza na madrugada de terça-feira, acompanhada por uma ofensiva terrestre que começou no dia seguinte, pelo menos 506 palestinos foram mortos e 909 ficaram feridos nos ataques, de acordo com o Ministério da Saúde do governo do Hamas na Faixa de Gaza .
Guerra Israel e Hamas: veja as fotos do conflito

2 /26Veículos do exército egípcio são mobilizados ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza em 4 de julho de 2024 em el-Arish, no norte da Península do Sinai, em meio a batalhas contínuas entre o Hamas e Israel no território palestino sitiado. (Foto da AFP)(Veículos do exército egípcio são mobilizados ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza em 4 de julho de 2024 em el-Arish, no norte da Península do Sinai, em meio a batalhas contínuas entre o Hamas e Israel no território palestino sitiado. (Foto da AFP))

3 /26Parentes e apoiadores de israelenses mantidos reféns por militantes palestinos em Gaza desde os ataques de outubro acendem sinalizadores enquanto manifestam pela libertação dos reféns na cidade central de Tel Aviv em 29 de junho de 2024, em meio ao conflito contínuo na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo militante palestino Hamas. (Foto de JACK GUEZ / AFP)(Parentes e apoiadores de israelenses mantidos reféns por militantes palestinos em Gaza desde os ataques de outubro acendem sinalizadores enquanto manifestam pela libertação dos reféns na cidade central de Tel Aviv em 29 de junho de 2024, em meio ao conflito contínuo na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo militante palestino Hamas. (Foto de JACK GUEZ / AFP))

4 /26Palestinos deslocados deixam uma área no leste de Khan Yunis após o exército israelense emitir uma nova ordem de evacuação para partes da cidade e Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 1º de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo entre Israel e o grupo militante palestino Hamas. (Foto de Bashar TALEB / AFP)(Palestinos deslocados deixam uma área no leste de Khan Yunis após o exército israelense emitir uma nova ordem de evacuação para partes da cidade e Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 1º de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo entre Israel e o grupo militante palestino Hamas. (Foto de Bashar TALEB / AFP))
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