Exame Logo

Militares de força de elite dos EUA que sumiram em missão no Golfo de Áden são declarados mortos

Oficiais de força de elite da Marinha americana escorregaram e caíram no mar durante missão de fiscalização

Guarda-costeira do Iêmen, ligada ao governo do país, durante patrulha no Mar Vermelho (Khaled Ziad/AFP)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 22 de janeiro de 2024 às 10h04.

Última atualização em 22 de janeiro de 2024 às 10h57.

Os dois membros dos Seals — força de elite da Marinha dos Estados Unidos — que sumiram durante uma missão num navio iraniano contra rebeldes houthis, no Golfo de Áden, foram declarados mortos. Autoridades americanas confirmaram o óbito dos militares neste domingo, após uma operação de busca pelos desaparecidos.

O Comando Central Militar dos Estados Unidos informou, na semana passada, que partes de mísseis e ogivas fabricadas no Irã foram apreendidas durante a operação, que contou com uma abordagem a um pequeno navio na costa da Somália em que os dois militares participaram. Eles caíram no mar.

Veja também

Os oficiais participavam de uma operação de revista a veleiros no Golfo de Áden, em busca de mercadorias ilegais, quando um deles aparentemente escorregou e caiu no mar, segundo o relato de autoridades militares americanas, na semana passada. Um segundo fuzileiro pulou para resgatar o primeiro, como manda o protocolo, e ambos desapareceram na escuridão.

Em um comunicado nesta terça, o Comando Central militar dos Estados Unidos (USCENTCOM) indicou que “componentes de mísseis balísticos e de cruzeiro” foram confiscados em um navio que viajava pelo Mar da Arábia. Os armamentos, ainda de acordo com os militares americanos, seriam entregues aos rebeldes houthis, do Iêmen.

“Esta é a primeira apreensão de armas convencionais avançadas letais fornecidas pelo Irã aos houthis desde o início dos ataques a navios mercantes”, disse o comando.

Os armamentos são compatíveis com aqueles que estão sendo utilizados pelos houthis para atacar navios mercantes no Mar Vermelho. Apesar da ação americana, apoiada por uma coalizão internacional, para assegurar a estabilidade na região, as ações ofensivas do grupo rebelde continuam.

Uma embarcação de transporte de grãos grega, que navegava com bandeira de Malta pela rota comercial em direção ao Canal de Suéz, foi bombardeada nesta terça, a noroeste do porto iemenita de Saleef. Ontem, uma navio de propriedade americana, com bandeira das Ilhas Marshall, foi atingido perto da Costa de Áden. O impacto gerou um incêndio a bordo, mas não provocou nenhum dano estrutural comprometedor ao navio nem à tripulação.

A identidade dos soldados americanos que se perderam no mar não foi revelada pelas autoridades. Navios e aeronaves da Marinha foram imediatamente enviados ao local.

Guga Chacra: Houthis não tem mesma importância do Hezbollah para o Irã

Contexto: Quais grupos compõem o 'eixo da resistência', que prometeu retaliar ataques de EUA e Reino Unido contra houthis no Iêmen

As operações de busca e salvamento ocorreram nas águas quentes do golfo, onde as fortes ondas e a exaustão são mais preocupantes do que a hipotermia.

Operação de risco

A interdição de embarcações suspeitas ou adversárias, conhecida como operação de visita, abordagem, busca e apreensão, ou VBSS (na sigla em inglês), é uma das missões mais difíceis e perigosas realizadas por tropas altamente treinadas.

Essas operações normalmente incluem a aproximação da embarcação suspeita em barcos menores e o uso de escadas e ferramentas de escalada para subir a bordo, o que pode ser complicado por ondas violentas e membros hostis da tripulação.

As forças de Operações Especiais americanas destacadas na região já enfrentaram outras missões desafiadoras. Em novembro, cinco membros de uma unidade de aviação de elite foram mortos durante um acidente de reabastecimento aéreo na costa do Chipre.

Acompanhe tudo sobre:IêmenEstados Unidos (EUA)

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame