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Militares da ditadura argentina terão prisão perpétua

Um tribunal argentino ditou cinco condenações à prisão perpétua e seis sentenças de reclusão entre 12 e 25 anos para outros acusados

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2013 às 19h32.

O ex-ditador Reynaldo Bignone e outros quatro militares argentinos foram condenados nesta terça-feira à prisão perpétua por crimes contra a Humanidade cometidos no Campo de Mayo (periferia noroeste de Buenos Aires ), informou o Centro de Informação Judicial (CIJ) da Suprema Corte.

O Tribunal Oral Federal de San Martín (noroeste) "condenou Bignone à prisão perpétua por crimes contra a Humanidade em Campo de Mayo" durante a ditadura (1976-83), e também foram condenados à mesma pena outros quatro ex-oficiais, informou o CIJ em seu site.

A sentença foi apresentada com base nas provas obtidas na investigação de crimes contra a Humanidade cometidos em Campo de Mayo, conhecida como "Grávidas", já que incluiu os desaparecimentos de sete casais nos quais as mulheres esperavam filhos no momento dos sequestros.

Além das cinco condenações à prisão perpétua, o tribunal ditou sentenças a penas de entre 12 e 25 anos de prisão para outros seis acusados, indicou o CIJ.

Bignone, de 85 anos, sobre quem pesa outra condenação à pena máxima, assim como outras duas sentenças de 25 e 15 anos de prisão, foi o último governante do regime militar (1982-83), que deixou 30.000 desaparecidos, segundo organizações humanitárias.

Durante o regime militar, Campo de Mayo se transformou no maior centro de extermínio de prisioneiros, e no hospital que funcionava no prédio havia uma maternidade clandestina onde as prisioneiras prestes a dar à luz eram alojadas.

Após o parto, os bebês eram separados de suas mães, que, na maioria dos casos, continuam desaparecidas.


As crianças depois eram entregues a famílias ligadas a militares ou a integrantes das forças de segurança.

A organização humanitária Avós da Praça de Maio conseguiu até o momento a devolução de 108 das cerca de 500 crianças que foram roubados durante a ditadura.

O nascimento de crianças no hospital de Campo de Mayo foi provado ao tribunal a partir de testemunhos de sobreviventes e de enfermeiras que atenderam as prisioneiras, indicou o CIJ.

Ativistas dos direitos humanos, acompanhados de grupos políticos e sociais, se concentraram em frente ao tribunal e comemoraram as condenações em um julgamento que se prolongou por sete meses.

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O ex-ditador Reynaldo Bignone e outros quatro militares argentinos foram condenados nesta terça-feira à prisão perpétua por crimes contra a Humanidade cometidos no Campo de Mayo (periferia noroeste de Buenos Aires ), informou o Centro de Informação Judicial (CIJ) da Suprema Corte.

O Tribunal Oral Federal de San Martín (noroeste) "condenou Bignone à prisão perpétua por crimes contra a Humanidade em Campo de Mayo" durante a ditadura (1976-83), e também foram condenados à mesma pena outros quatro ex-oficiais, informou o CIJ em seu site.

A sentença foi apresentada com base nas provas obtidas na investigação de crimes contra a Humanidade cometidos em Campo de Mayo, conhecida como "Grávidas", já que incluiu os desaparecimentos de sete casais nos quais as mulheres esperavam filhos no momento dos sequestros.

Além das cinco condenações à prisão perpétua, o tribunal ditou sentenças a penas de entre 12 e 25 anos de prisão para outros seis acusados, indicou o CIJ.

Bignone, de 85 anos, sobre quem pesa outra condenação à pena máxima, assim como outras duas sentenças de 25 e 15 anos de prisão, foi o último governante do regime militar (1982-83), que deixou 30.000 desaparecidos, segundo organizações humanitárias.

Durante o regime militar, Campo de Mayo se transformou no maior centro de extermínio de prisioneiros, e no hospital que funcionava no prédio havia uma maternidade clandestina onde as prisioneiras prestes a dar à luz eram alojadas.

Após o parto, os bebês eram separados de suas mães, que, na maioria dos casos, continuam desaparecidas.


As crianças depois eram entregues a famílias ligadas a militares ou a integrantes das forças de segurança.

A organização humanitária Avós da Praça de Maio conseguiu até o momento a devolução de 108 das cerca de 500 crianças que foram roubados durante a ditadura.

O nascimento de crianças no hospital de Campo de Mayo foi provado ao tribunal a partir de testemunhos de sobreviventes e de enfermeiras que atenderam as prisioneiras, indicou o CIJ.

Ativistas dos direitos humanos, acompanhados de grupos políticos e sociais, se concentraram em frente ao tribunal e comemoraram as condenações em um julgamento que se prolongou por sete meses.

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