Militar indicado para NSA quer restabelecer confiança
Michael Rogers foi escolhido pelo presidente Barack Obama para liderar a Agência de Segurança Nacional (NSA)
Da Redação
Publicado em 11 de março de 2014 às 20h28.
Washington - O escolhido pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para liderar a Agência de Segurança Nacional ( NSA ) prometeu nesta terça-feira procurar maneiras de restabelecer a confiança na agência de espionagem , que é alvo de críticas e, numa indicação de possível mudança de posição da agência, ele não chegou a chamar o ex-prestador de serviços da NSA Edward Snowden de traidor.
O vice-almirante Michael Rogers, atualmente no principal posto da Marinha em guerra cibernética, foi cauteloso durante declarações muitas vezes concisas demais na audiência no Senado para sua confirmação para também dirigir o Comando Cibernético das forças dos EUA.
Críticos e simpatizantes dele o questionaram sobre a coleta indiscriminada da NSA de dados de registros telefônicos, um programa denunciado por Snowden.
Rogers falou sobre a necessidade de transparência e prestação de contas por parte da NSA. Mas ele não indicou mudanças em relação ao tipo de reformas já anunciadas por Obama, incluindo o armazenamento de metadata de telefonemas nos EUA - registros de chamadas telefônicas, sua extensão e horários - para fora do controle do governo.
"Eu tentaria ser o mais transparente possível com a nação em geral sobre o que estamos fazendo (na NSA) e por quê", disse Rogers.
O Senado não tem a atribuição de confirmar o diretor da NSA, mas, sim, a de aprovar o chefe do Comando Cibernético dos militares dos EUA. Rogers é a escolha de Obama para as duas posições. A previsão é que ele será aprovado no Senado.
Em suas respostas por escrito às perguntas, Rogers também prometeu trabalhar para "restaurar a confiança" do setor nos EUA, abalada pelos vazamentos na mídia.
O comparecimento de Rogers no Comitê de Serviços Armados do Senado ocorreu um dia depois de Snowden ter feito uma palestra a um fórum nos EUA, via videolink, a partir de um local secreto na Rússia.
Snowden disse que as reformas propostas para o NSA mostram que está justificado o vazamento de material confidencial, entregue por ele a órgãos da imprensa, sobre as escutas da NSA.
Os vazamentos causaram profundo constrangimento ao governo Obama, que em janeiro proibiu que os EUA espionem líderes de países amigos e aliados e começou a frear a coleta abrangente de dados de registros de telefonemas de norte-americanos.
Rogers disse que Snowden causou danos à segurança dos EUA e colocou vidas de norte-americanos em risco. Mas ele não repetiu as críticas de autoridades norte-americanos que descreveram Snowden como um traidor, incluindo o diretor da NSA que está deixando o cargo, general Keith Alexander.
"Eu não sei se usaria a palavra traidor. Mas eu certamente não o considero um herói", disse Rogers.
O senador da Georgia Saxby Chambliss, principal republicano no Comitê de Inteligência do Senado, disse que essa comissão está muito perto de um acordo sobre a nova legislação de segurança cibernética.
Rogers disse que considera a obrigação de proteção de corporações que compartilham informações com as agências de inteligência como "elemento crítico" em qualquer nova legislação.
"Eu acho que estariam muito menos inclinadas a fazer isso sem ela (a proteção da lei)", afirmou.
Washington - O escolhido pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para liderar a Agência de Segurança Nacional ( NSA ) prometeu nesta terça-feira procurar maneiras de restabelecer a confiança na agência de espionagem , que é alvo de críticas e, numa indicação de possível mudança de posição da agência, ele não chegou a chamar o ex-prestador de serviços da NSA Edward Snowden de traidor.
O vice-almirante Michael Rogers, atualmente no principal posto da Marinha em guerra cibernética, foi cauteloso durante declarações muitas vezes concisas demais na audiência no Senado para sua confirmação para também dirigir o Comando Cibernético das forças dos EUA.
Críticos e simpatizantes dele o questionaram sobre a coleta indiscriminada da NSA de dados de registros telefônicos, um programa denunciado por Snowden.
Rogers falou sobre a necessidade de transparência e prestação de contas por parte da NSA. Mas ele não indicou mudanças em relação ao tipo de reformas já anunciadas por Obama, incluindo o armazenamento de metadata de telefonemas nos EUA - registros de chamadas telefônicas, sua extensão e horários - para fora do controle do governo.
"Eu tentaria ser o mais transparente possível com a nação em geral sobre o que estamos fazendo (na NSA) e por quê", disse Rogers.
O Senado não tem a atribuição de confirmar o diretor da NSA, mas, sim, a de aprovar o chefe do Comando Cibernético dos militares dos EUA. Rogers é a escolha de Obama para as duas posições. A previsão é que ele será aprovado no Senado.
Em suas respostas por escrito às perguntas, Rogers também prometeu trabalhar para "restaurar a confiança" do setor nos EUA, abalada pelos vazamentos na mídia.
O comparecimento de Rogers no Comitê de Serviços Armados do Senado ocorreu um dia depois de Snowden ter feito uma palestra a um fórum nos EUA, via videolink, a partir de um local secreto na Rússia.
Snowden disse que as reformas propostas para o NSA mostram que está justificado o vazamento de material confidencial, entregue por ele a órgãos da imprensa, sobre as escutas da NSA.
Os vazamentos causaram profundo constrangimento ao governo Obama, que em janeiro proibiu que os EUA espionem líderes de países amigos e aliados e começou a frear a coleta abrangente de dados de registros de telefonemas de norte-americanos.
Rogers disse que Snowden causou danos à segurança dos EUA e colocou vidas de norte-americanos em risco. Mas ele não repetiu as críticas de autoridades norte-americanos que descreveram Snowden como um traidor, incluindo o diretor da NSA que está deixando o cargo, general Keith Alexander.
"Eu não sei se usaria a palavra traidor. Mas eu certamente não o considero um herói", disse Rogers.
O senador da Georgia Saxby Chambliss, principal republicano no Comitê de Inteligência do Senado, disse que essa comissão está muito perto de um acordo sobre a nova legislação de segurança cibernética.
Rogers disse que considera a obrigação de proteção de corporações que compartilham informações com as agências de inteligência como "elemento crítico" em qualquer nova legislação.
"Eu acho que estariam muito menos inclinadas a fazer isso sem ela (a proteção da lei)", afirmou.