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Milhares se reúnem na maior mesquita do Catar para o funeral do líder do Hamas

Ismail Haniyeh foi assassinado esta semana em Teerã durante um ataque atribuído a Israel

O aiatolá Ali Khamenei (centro) comandou as orações no funeral do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, em 1º de agosto de 2024 (AFP)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 2 de agosto de 2024 às 08h46.

Milhares de pessoas se reuniram nesta sexta-feira, 2, na mesquita Mohammed bin Abdelwahab , a maior do Catar, para participar do funeral do líder do gabinete político do grupo islâmico Hamas, Ismail Haniyeh, assassinado esta semana em Teerã em um ataque atribuído a Israel.

A emissora de televisão catariana “Al Jazeera” transmitiu imagens da chegada de milhares de pessoas à mesquita Mohammed bin Abdelwahab, em Doha, com capacidade para receber cerca de 30 mil pessoas, naquele que se espera ser um funeral público e oficial “sem precedentes” no pequeno país do Golfo Pérsico.

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O emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani, membros do governo daTurquia, representantes ​​do Paquistão, da Malásia e de diferentes facções palestinas estiveram presentes na cerimônia.

A “Al Jazeera” noticiou, sem transmitir imagens nesse caso, que Al Thani e seu pai, Hamad bin Khalifa Al Thani, bem como o primeiro-ministro e ministro dasRelações Exteriores do Catar, Mohammed bin Abderrahman, estiveram na mesquita.

Também participaram na cerimónia altos funcionários do governo turco, como o ministro das Relações Exteriores, Hakan Fidan, o vice-presidente e o presidente do Parlamento turco; além de delegações diplomáticas do Paquistão e da Malásia, segundo a emissora.

O Ministério das Relações Exteriores turco, por sua vez, informou na sua conta na rede social X que Fidan se reuniu em Doha com o proeminente líder do Hamas Khaled Meshal, que atuou como chefe do gabinete político do grupo antes de Haniyeh, para transmitir suas condolências.

Da mesma forma, representantes do Hamas, do Fatah e da Jihad Islâmica Palestina também participaram nas orações de despedida de Haniyeh, em uma demonstração de unidade após o assassinato do chefe do gabinete político do movimento islâmico.

Khalil al-Hajaya,membro do gabinete político do Hamas, conduziu uma breve oração em frente ao caixão de Haniyeh, que mais tarde foi retirado da mesquita em uma enorme procissão antes de ser sepultado.

O enterro, no entanto, será reservado apenas à família e a algumas pessoas selecionadas devido à capacidade limitada do cemitério, segundo a “Al Jazeera”, que indicou que durante os próximos três dias será aberta uma tenda para apresentar condolências pela morte do líder do Hamas.

O corpo de Haniyeh chegou ontem ao Catar vindo de Teerã, em preparação para a cerimônia fúnebre e o enterro do líder do movimento islâmico palestino.

Segundo o movimento palestino, o corpo de Haniyeh será enterrado no cemitério de Lusail, em Doha, cidade que serve de residência ao líder do Hamas desde 2019 e que abriga também o gabinete político do grupo islâmico.

Haniyeh já foi homenageado na quinta-feira em Teerã – onde foi assassinado – em um funeral liderado pelo líder supremo do Irã, Ali Khamenei, um evento que contou com a presença de milhares de pessoas, incluindo a liderança política e militar do país persa.

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