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Milhares de pessoas marcham por Nova York em apoio ao 'Occupy Wall Street'

Após percorrer cerca de 18 quilômetros, marcha se uniu aos manifestantes que acampam há mais de um mês na praça Zuccotti no sul de Manhattan

Occupy Wall Street (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2011 às 19h52.

Nova York - Empregos, mais fundos para educação e imóveis acessíveis foram as exigências que uniram milhares de pessoas em Nova York nesta segunda-feira durante uma marcha que, após percorrer cerca de 18 quilômetros, se uniu aos manifestantes que acampam há mais de um mês na praça Zuccotti no sul de Manhattan.

A marcha partiu do coração da comunidade dominicana em Nova York, liderada pelo senador Adriano Espaillat, um dos organizadores da passeata ao lado de outros políticos, líderes comunitários e sindicais, estudantes e professores.

'Nos unimos hoje aos manifestantes de Wall Street porque os orçamentos (do Governo) nos esqueceram por décadas. Estamos aqui pelas mudanças fundamentais que nossa comunidade necessita', afirmou Espaillat à Agência Efe durante a marcha, protagonizada em sua maioria por membros da comunidade latina e afro-americana.

'Queremos justiça, queremos mudanças' e 'que paguem os ricos, não os pobres' foram algumas das palavras de ordem dos manifestantes em seu percurso até a praça Zuccotti, onde os simpatizantes do movimento 'Occupy Wall Street' acampam desde o dia 17 de setembro em protesto contra os excessos do sistema financeiro.

Muitos moradores e curiosos saíram de restaurantes e outros estabelecimentos para observá-los ou apoiá-los, enquanto outros se uniram ao protesto no Harlem e outros bairros.

'Há três anos que estou desempregado, procuro e não encontro trabalho. Quero que o Congresso dos Estados Unidos apoie a proposta para a criação de empregos do presidente Barack Obama', disse à Efe Víctor Guzmán, um dos manifestantes.


O plano de Obama propõe diversos incentivos fiscais a empresas que empreguem veteranos de guerra, diminuição das taxas de juros para os empréstimos estudantis e ampliação do prazo de amortização de hipotecas para famílias com poucos recursos.

Os republicanos, no entanto, se opuseram frontalmente ao plano, avaliado em US$ 447 bilhões, já que inclui um aumento de impostos para as rendas mais altas, algo que consideram contraproducente para o objetivo de reduzir o desemprego, que chega a 9% em nível nacional.

'Devem impor mais impostos aos ricos para melhorar a situação em High Manhattan, onde muitos pequenos negócios tiveram que fechar e temos muitos prédios abandonados', defendeu Guzmán, de 51 anos.

De acordo com o vereador Ydanis Rodríguez, que representa High Manhattan na legislatura municipal, 'o desemprego está acima de 17%' nesta região, onde vive o maior número de dominicanos fora de seu país.

'Esta comunidade foi esquecida por anos. Temos que continuar participando deste movimento para fazer com que os ricos paguem mais', destacou Rodríguez.

'A situação não melhora, a classe trabalhadora a cada dia tem mais necessidades, não pode pagar uma casa adequada, não tem seguro médico, não há trabalho', lamentou Radamés Rivera, líder do principal sindicato de trabalhadores da área de saúde do Estado.

Enquanto isso, integrantes do 'Occupy Wall Street' se concentraram em frente ao Departamento de Educação em protesto pelos 'catastróficos' cortes do orçamento dessa agência que resultou em demissões de professores, escolas superlotadas, com menos pessoal e escassez de recursos. EFE

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Nova York - Empregos, mais fundos para educação e imóveis acessíveis foram as exigências que uniram milhares de pessoas em Nova York nesta segunda-feira durante uma marcha que, após percorrer cerca de 18 quilômetros, se uniu aos manifestantes que acampam há mais de um mês na praça Zuccotti no sul de Manhattan.

A marcha partiu do coração da comunidade dominicana em Nova York, liderada pelo senador Adriano Espaillat, um dos organizadores da passeata ao lado de outros políticos, líderes comunitários e sindicais, estudantes e professores.

'Nos unimos hoje aos manifestantes de Wall Street porque os orçamentos (do Governo) nos esqueceram por décadas. Estamos aqui pelas mudanças fundamentais que nossa comunidade necessita', afirmou Espaillat à Agência Efe durante a marcha, protagonizada em sua maioria por membros da comunidade latina e afro-americana.

'Queremos justiça, queremos mudanças' e 'que paguem os ricos, não os pobres' foram algumas das palavras de ordem dos manifestantes em seu percurso até a praça Zuccotti, onde os simpatizantes do movimento 'Occupy Wall Street' acampam desde o dia 17 de setembro em protesto contra os excessos do sistema financeiro.

Muitos moradores e curiosos saíram de restaurantes e outros estabelecimentos para observá-los ou apoiá-los, enquanto outros se uniram ao protesto no Harlem e outros bairros.

'Há três anos que estou desempregado, procuro e não encontro trabalho. Quero que o Congresso dos Estados Unidos apoie a proposta para a criação de empregos do presidente Barack Obama', disse à Efe Víctor Guzmán, um dos manifestantes.


O plano de Obama propõe diversos incentivos fiscais a empresas que empreguem veteranos de guerra, diminuição das taxas de juros para os empréstimos estudantis e ampliação do prazo de amortização de hipotecas para famílias com poucos recursos.

Os republicanos, no entanto, se opuseram frontalmente ao plano, avaliado em US$ 447 bilhões, já que inclui um aumento de impostos para as rendas mais altas, algo que consideram contraproducente para o objetivo de reduzir o desemprego, que chega a 9% em nível nacional.

'Devem impor mais impostos aos ricos para melhorar a situação em High Manhattan, onde muitos pequenos negócios tiveram que fechar e temos muitos prédios abandonados', defendeu Guzmán, de 51 anos.

De acordo com o vereador Ydanis Rodríguez, que representa High Manhattan na legislatura municipal, 'o desemprego está acima de 17%' nesta região, onde vive o maior número de dominicanos fora de seu país.

'Esta comunidade foi esquecida por anos. Temos que continuar participando deste movimento para fazer com que os ricos paguem mais', destacou Rodríguez.

'A situação não melhora, a classe trabalhadora a cada dia tem mais necessidades, não pode pagar uma casa adequada, não tem seguro médico, não há trabalho', lamentou Radamés Rivera, líder do principal sindicato de trabalhadores da área de saúde do Estado.

Enquanto isso, integrantes do 'Occupy Wall Street' se concentraram em frente ao Departamento de Educação em protesto pelos 'catastróficos' cortes do orçamento dessa agência que resultou em demissões de professores, escolas superlotadas, com menos pessoal e escassez de recursos. EFE

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