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Mil morreram no Mediterrâneo na última semana, diz OIM

Segundo a organização, foram socorridas ainda 13.000 pessoas nos últimos dias, todas tentando chegar ao litoral da Europa cruzando o Mediterrâneo

Mediterrâneo: foram registrados três naufrágios, mas o número de mortos é difícil de ser determinado e se baseia nos testemunhos dos sobreviventes ouvidos pelas autoridades (Christian Buettner/Eikon Nord GmbH Germany/ Reuters)
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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2016 às 14h16.

Roma - A Organização Internacional de Migrações (OIM) afirmou nesta segunda-feira que 1.000 pessoas morreram no Mar Mediterrâneo em naufrágios registrados na última semana.

"Falamos com os sobreviventes, estamos tentando estimar quantas pessoas poderiam estar a bordo das embarcações que naufragaram e calculamos que há pelo menos 1.000 mortos nessa última semana", afirmou o porta-voz do OIM na Itália, Flavio Di Giacomo.

Segundo Di Giacomo, foram socorridas 13.000 pessoas nos últimos dias, todas tentando chegar ao litoral da Europa cruzando o Mediterrâneo. No total deste ano, já foram resgatados 47.200 refugiados, número parecido com os 47.400 imigrantes auxiliados pelas autoridades no mesmo período de 2015.

"Não estamos em situação de emergência, são números que a Itália já conhece nos últimos anos e que está administrando bastante bem: cerca de 47.000 até agora e 150.000 no final do ano passado. Não são dados excepcionais para um país de 60 milhões de habitantes em uma área (ampla) como a da União Europeia", destacou o porta-voz.

"Se observados os números, não podemos fazer alarmismo. A Europa não está enfrentando uma invasão. No entanto, estamos sim diante de uma emergência humanitária, porque as pessoas continuam morrendo de forma excessiva", explicou Di Giacomo.

A Itália viveu nas últimas semanas, segundo o porta-voz da OIM, "intensos fluxos de chegadas". Elas ocorreram, conforme Di Giacomo, porque foram usadas, pela primeira vez em meses, grandes embarcações de madeira, com capacidade de até 700 pessoas, para cruzar o Mediterrâneo a partir da Líbia. Antes, estavam sendo utilizadas lanchas pneumáticas que suportam até 130 refugiados a bordo.

Por fim, Di Giacomo ressaltou que a Líbia vive uma "situação de instabilidade", apesar de um plano de ajuda à estabilização de um governo do país estar em pauta há meses.

Na última semana, a Guarda Costeira da Itália coordenou o resgate de 13.000 pessoas. Foram registrados três naufrágios, mas o número de mortos é difícil de ser determinado e se baseia nos testemunhos dos sobreviventes ouvidos pelas autoridades.

A porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Carlotta Sami, afirmou ontem que 700 pessoas morreram nos últimos dias no Mediterrâneo. Já a ONG Médicos Sem Fronteiras estima que sejam 900 vítimas.

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Roma - A Organização Internacional de Migrações (OIM) afirmou nesta segunda-feira que 1.000 pessoas morreram no Mar Mediterrâneo em naufrágios registrados na última semana.

"Falamos com os sobreviventes, estamos tentando estimar quantas pessoas poderiam estar a bordo das embarcações que naufragaram e calculamos que há pelo menos 1.000 mortos nessa última semana", afirmou o porta-voz do OIM na Itália, Flavio Di Giacomo.

Segundo Di Giacomo, foram socorridas 13.000 pessoas nos últimos dias, todas tentando chegar ao litoral da Europa cruzando o Mediterrâneo. No total deste ano, já foram resgatados 47.200 refugiados, número parecido com os 47.400 imigrantes auxiliados pelas autoridades no mesmo período de 2015.

"Não estamos em situação de emergência, são números que a Itália já conhece nos últimos anos e que está administrando bastante bem: cerca de 47.000 até agora e 150.000 no final do ano passado. Não são dados excepcionais para um país de 60 milhões de habitantes em uma área (ampla) como a da União Europeia", destacou o porta-voz.

"Se observados os números, não podemos fazer alarmismo. A Europa não está enfrentando uma invasão. No entanto, estamos sim diante de uma emergência humanitária, porque as pessoas continuam morrendo de forma excessiva", explicou Di Giacomo.

A Itália viveu nas últimas semanas, segundo o porta-voz da OIM, "intensos fluxos de chegadas". Elas ocorreram, conforme Di Giacomo, porque foram usadas, pela primeira vez em meses, grandes embarcações de madeira, com capacidade de até 700 pessoas, para cruzar o Mediterrâneo a partir da Líbia. Antes, estavam sendo utilizadas lanchas pneumáticas que suportam até 130 refugiados a bordo.

Por fim, Di Giacomo ressaltou que a Líbia vive uma "situação de instabilidade", apesar de um plano de ajuda à estabilização de um governo do país estar em pauta há meses.

Na última semana, a Guarda Costeira da Itália coordenou o resgate de 13.000 pessoas. Foram registrados três naufrágios, mas o número de mortos é difícil de ser determinado e se baseia nos testemunhos dos sobreviventes ouvidos pelas autoridades.

A porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Carlotta Sami, afirmou ontem que 700 pessoas morreram nos últimos dias no Mediterrâneo. Já a ONG Médicos Sem Fronteiras estima que sejam 900 vítimas.

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