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Mikheil Saakashvili, ex-presidente da Geórgia, é preso na Ucrânia

A detenção acontece depois que Saakashvili liderou, no domingo passado, uma manifestação em Kiev contra Poroshenko

Prisão: várias pessoas reunidas no local tentaram impedir a passagem do veículo que levava o ex-presidente (Valentyn Ogirenko/Reuters)
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EFE

Publicado em 5 de dezembro de 2017 às 08h06.

Última atualização em 5 de dezembro de 2017 às 08h06.

Kiev - O ex-presidente da Geórgia , Mikheil Saakashvili, opositor ao governo do presidente ucraniano, Petro Poroshenko, foi preso nesta terça-feira pelo Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) após uma operação em sua residência na capital Kiev.

De acordo com um dos seus advogados, Pavel Bogomazov, Saakashvili foi detido horas depois de a polícia aparecer em sua casa após prender ontem vários funcionários de seu partido.

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"Saakashvili foi informado que é suspeito de tentar derrubar o governo", disse Bogomazov à imprensa local.

A porta-voz do SBU, Elena Gitlyanska, afirmou que estas ações aconteceram no marco de um processo penal preparado pela Procuradoria Geral da Ucrânia contra o ex-presidente georgiano, fundador do partido opositor Movimento das Novas Forças (RNS, na sigla em ucraniano) na Ucrânia.

Cerca de cem pessoas reunidas ao redor da casa de Saakashvili, situada no centro de Kiev, tentaram bloquear a passagem do veículo no qual o político apátrida estava sendo levado pelo SBU.

Além disso, ocorreram vários enfrentamentos entre as forças de segurança e os ativistas e partidários de Saakashvili, privado da nacionalidade georgiana e perseguido também pela Justiça do seu país por crimes de corrupção.

A detenção acontece depois que Saakashvili liderou no domingo passado uma manifestação em Kiev contra Poroshenko, na qual exigiu a adoção de uma lei que permita a destituição do presidente.

De acordo com um comunicado da legenda política, nos últimos dias vários membros do Movimento das Novas Forças foram detidos e indiciados com base em acusações "inventadas".

Saakashvili, que após deixar a Geórgia foi governador da região ucraniana de Odessa, denunciou nas últimas semanas uma perseguição política por parte do governo ucraniano e protagonizou grandes protestos depois de entrar no país após atravessar ilegalmente a fronteira da Polônia no último mês de setembro.

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