Mianmar se torna destino turístico da moda na Ásia
Templos, lagos e a figura da Nobel da Paz Aung San Suu Kyi são alguns dos atrativos que transformaram Mianmar no destino turístico da moda na Ásia
Da Redação
Publicado em 10 de setembro de 2013 às 11h21.
Yangun - Os centenários templos de Bagan, o exuberante lago Inle e a figura da Nobel da Paz Aung San Suu Kyi são alguns dos atrativos que transformaram Mianmar (antiga Birmânia) no destino turístico da moda no Sudeste Asiático.
O número de estrangeiros que visitou o país em 2012 aumentou mais de 30% e chegou a um milhão de pessoas.
Além disso, o Executivo birmanês prevê que o volume de visitantes chegue a 1,8 milhões de pessoas este ano devido às novas medidas aprovadas, que incluem uma maior facilidade para obter um visto e a possibilidade de poder viajar pelo interior do país.
Com cerca de 60 milhões de habitantes, e um terço da população abaixo da linha da pobreza, Mianmar é um país basicamente agrícola, rico em recursos minerais como gás, cobre e pedras preciosas, mas que carece de qualquer tipo de indústria elaborada.
Esta falta de desenvolvimento confere às paisagens uma autenticidade, e certo mistério, o que se transforma em um de seus principais encantamentos.
Passear pela extensa planície onde ficam os templos de Bagan, a maior concentração de pagodas - tipo de construção budista - do mundo, que datam dos séculos XI e XII, ou atravessar o lago Inle em uma tradicional barca de pescadores são algumas das experiências genuínas das quais se pode desfrutar nesta antiga colônia britânica.
A "peregrinação" dos monges budistas ao redor da icônica pagoda dourada de Shwedagon, de quase 100 metros de altura e referência central de Yangun, é outra das cenas que os visitantes estrangeiros mais gostam de assistir em Mianmar.
Consciente do potencial do setor turístico, o governo do país, em parceria com o Banco de Desenvolvimento da Ásia (ADB), anunciou em junho um plano para modernizar esta indústria com um investimento de US$ 500 milhões em infraestrutura e hotelaria.
Após décadas de isolamento internacional devido ao autoritário regime imposto pelas distintas juntas militares que controlaram o país entre 1962 e 2011, as previsões mais otimistas calculam que Mianmar chegue a receber 7,5 milhões de turistas em 2020.
Isso permitiria o aumento da receita do país para US$ 10 bilhões, um capital econômico muito desejado para um dos Estados mais pobres do Sudeste Asiático.
"O turismo mostra uma tendência positiva desde 2001; as visitas aumentaram graças ao maior número de conexões aéreas e os viajantes também estenderam o tempo de estadia", afirmou recentemente o ministro de Turismo birmanês, U Htay Aung.
A maioria dos turistas que vão a Mianmar ainda procede de países próximos, como China e Tailândia, com laços históricos e interesses econômicos na zona. Mesmo assim, o país recebe uma quantidade "notável" de visitantes da Europa e da América.
"Todos sobrevivemos durante anos, mas a abertura e a influência estrangeira representam uma oportunidade para nós", contou à Agência Efe uma trabalhadora birmanesa de uma ONG local.
A libertação da vencedora do prêmio Nobel da Paz e opositora do regime, Aung San Suu Kyi, em 2010, e a dissolução da última junta militar no ano seguinte despertaram um interesse turístico renovado por um país que viveu "isolado" durante quase meio século.
Desde 2011, as reformas aplicadas pelo governo civil do presidente Thein Sein, primeiro-ministro no regime anterior, remodelaram não só o contexto político, mas também o econômico e social.
Para uma parte da população, o turismo se transformou em fonte de recursos econômicos e em medida de segurança contra o retrocesso político.
"Espero que no futuro Mianmar seja uma verdadeira democracia porque este governo ainda é composto pelas mesmas pessoas de antes, só que com uniformes diferentes. Apesar disso, tenho certeza de que o turismo pode contribuir neste caminho", declarou Pyay Way, um jovem que trabalha em uma galeria de arte em Yangun.
Yangun - Os centenários templos de Bagan, o exuberante lago Inle e a figura da Nobel da Paz Aung San Suu Kyi são alguns dos atrativos que transformaram Mianmar (antiga Birmânia) no destino turístico da moda no Sudeste Asiático.
O número de estrangeiros que visitou o país em 2012 aumentou mais de 30% e chegou a um milhão de pessoas.
Além disso, o Executivo birmanês prevê que o volume de visitantes chegue a 1,8 milhões de pessoas este ano devido às novas medidas aprovadas, que incluem uma maior facilidade para obter um visto e a possibilidade de poder viajar pelo interior do país.
Com cerca de 60 milhões de habitantes, e um terço da população abaixo da linha da pobreza, Mianmar é um país basicamente agrícola, rico em recursos minerais como gás, cobre e pedras preciosas, mas que carece de qualquer tipo de indústria elaborada.
Esta falta de desenvolvimento confere às paisagens uma autenticidade, e certo mistério, o que se transforma em um de seus principais encantamentos.
Passear pela extensa planície onde ficam os templos de Bagan, a maior concentração de pagodas - tipo de construção budista - do mundo, que datam dos séculos XI e XII, ou atravessar o lago Inle em uma tradicional barca de pescadores são algumas das experiências genuínas das quais se pode desfrutar nesta antiga colônia britânica.
A "peregrinação" dos monges budistas ao redor da icônica pagoda dourada de Shwedagon, de quase 100 metros de altura e referência central de Yangun, é outra das cenas que os visitantes estrangeiros mais gostam de assistir em Mianmar.
Consciente do potencial do setor turístico, o governo do país, em parceria com o Banco de Desenvolvimento da Ásia (ADB), anunciou em junho um plano para modernizar esta indústria com um investimento de US$ 500 milhões em infraestrutura e hotelaria.
Após décadas de isolamento internacional devido ao autoritário regime imposto pelas distintas juntas militares que controlaram o país entre 1962 e 2011, as previsões mais otimistas calculam que Mianmar chegue a receber 7,5 milhões de turistas em 2020.
Isso permitiria o aumento da receita do país para US$ 10 bilhões, um capital econômico muito desejado para um dos Estados mais pobres do Sudeste Asiático.
"O turismo mostra uma tendência positiva desde 2001; as visitas aumentaram graças ao maior número de conexões aéreas e os viajantes também estenderam o tempo de estadia", afirmou recentemente o ministro de Turismo birmanês, U Htay Aung.
A maioria dos turistas que vão a Mianmar ainda procede de países próximos, como China e Tailândia, com laços históricos e interesses econômicos na zona. Mesmo assim, o país recebe uma quantidade "notável" de visitantes da Europa e da América.
"Todos sobrevivemos durante anos, mas a abertura e a influência estrangeira representam uma oportunidade para nós", contou à Agência Efe uma trabalhadora birmanesa de uma ONG local.
A libertação da vencedora do prêmio Nobel da Paz e opositora do regime, Aung San Suu Kyi, em 2010, e a dissolução da última junta militar no ano seguinte despertaram um interesse turístico renovado por um país que viveu "isolado" durante quase meio século.
Desde 2011, as reformas aplicadas pelo governo civil do presidente Thein Sein, primeiro-ministro no regime anterior, remodelaram não só o contexto político, mas também o econômico e social.
Para uma parte da população, o turismo se transformou em fonte de recursos econômicos e em medida de segurança contra o retrocesso político.
"Espero que no futuro Mianmar seja uma verdadeira democracia porque este governo ainda é composto pelas mesmas pessoas de antes, só que com uniformes diferentes. Apesar disso, tenho certeza de que o turismo pode contribuir neste caminho", declarou Pyay Way, um jovem que trabalha em uma galeria de arte em Yangun.