"Meu dever é estar em Caracas apesar dos riscos", diz Guaidó sobre prisão
Presidente interino autodeclarado pode ser preso por desrespeitar ordem judicial chavista de não deixar o país
AFP
Publicado em 26 de fevereiro de 2019 às 15h56.
O líder da oposição Juan Guaidó , reconhecido por cerca de 50 países como presidente interino da Venezuela , assegurou de Bogotá que retornará ao seu país, apesar do risco de ser preso por desrespeitar uma ordem judicial chavista que o impedia de deixar o país.
"Um preso não serce para ninguém, um presidente exilado tampouco. Estamos em uma zona inédita. E minha função e meu dever é estar em Caracas apesar dos riscos, apesar das implicações", disse Guaidó em uma entrevista difundida nesta terça-feira pelo canal NTN24.
Guaidó chegou à Colômbia na última sexta-feira para coordenar a entrega de ajuda humanitária por a fronteira com a Venezuela, país que enfrenta uma severa crise econômica, com a carência de alimentos e medicamentos. A tentativa frustrada levou a confrontos com as tropas leais a Nicolás Maduro.
Também participou em Bogotá da reunião do Grupo de Lima, que se comprometeu a apertar o cerco contra Maduro, mas sem recorrer à força.
Guaidó insistiu que voltará nesta semana a Caracas para exercer suas "funções", "se decidirem dar o passo" de prendê-lo.
A Colômbia denunciou "ameaças sérias" contra Guaidó e responsabilizou o governo "usurpador" do que possa acontecer a ele. Maduro disse que Guaidó deverá responder à justiça.