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Métodos brutais da CIA para interrogatórios são detalhados

Casos nos quais os interrogadores da CIA ameaçaram um ou mais detidos com falsas execuções estão documentados no relatório

CIA: não ficou claro se análise irá levar a novas tentativas de responsabilizar envolvidos (Larry Downing/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2014 às 15h30.

Washington - A CIA recorreu a ameaças sexuais, simulação de afogamento e outros métodos brutais para interrogar suspeitos de terrorismo , e todos foram ineficazes para se obter informações essenciais, de acordo com um relatório do Senado norte-americano divulgado nesta terça-feira.

O documento a respeito dos interrogatórios aprovados pelo governo para serem realizados em diferentes lugares do mundo para questionar militantes da Al Qaeda e outros levou os EUA a alertarem suas instalações no exterior a reforçarem a segurança em caso de reações violentas.

O relatório inclui descrições detalhadas sobre as técnicas que a CIA (Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos) usou nos anos que se seguiram aos atentados de 11 de setembro de 2001.

As táticas empregadas para forçar os detidos a divulgar informações sobre tramas e células terroristas excediam e muito as técnicas autorizadas pela Casa Branca, pela CIA e pelos advogados do Departamento de Justiça do então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, segundo o documento.

Casos nos quais os interrogadores da CIA ameaçaram um ou mais detidos com falsas execuções, uma prática jamais permitida pelos advogados do governo Bush, estão documentados no relatório.

O relatório conclui que os interrogatórios violentos não produziram nenhum dado de inteligência crucial que não poderia ter sido obtido com meios não coercivos.

Ex-líderes da CIA e do governo, incluindo o ex-vice presidente Dick Cheney, questionam a conclusão do documento.

Não ficou claro se a análise irá levar a novas tentativas de responsabilizar os envolvidos.

O prazo legal para contestar muitas das ações prescreveu. Na segunda-feira o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse que os presidente dos EUA, Barack Obama, apoiou a divulgação pública do documento “para que as pessoas em todo o mundo e aqui em casa entendam exatamente o que transpirou”.

O diretor-executivo do Sindicato Americano de Liberdades Civis, Anthony Romero, declarou em um artigo no jornal New York Times que Obama deveria emitir perdões oficiais para autoridades do alto escalão e outras para deixar claro que estas ações foram crimes e fazer com que “o governo norte-americano nunca mais torture”.

Dois parlamentares republicanos emitiram um comunicado classificando a liberação do relatório como “leviana e irresponsável”.

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O documento a respeito dos interrogatórios aprovados pelo governo para serem realizados em diferentes lugares do mundo para questionar militantes da Al Qaeda e outros levou os EUA a alertarem suas instalações no exterior a reforçarem a segurança em caso de reações violentas.

O relatório inclui descrições detalhadas sobre as técnicas que a CIA (Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos) usou nos anos que se seguiram aos atentados de 11 de setembro de 2001.

As táticas empregadas para forçar os detidos a divulgar informações sobre tramas e células terroristas excediam e muito as técnicas autorizadas pela Casa Branca, pela CIA e pelos advogados do Departamento de Justiça do então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, segundo o documento.

Casos nos quais os interrogadores da CIA ameaçaram um ou mais detidos com falsas execuções, uma prática jamais permitida pelos advogados do governo Bush, estão documentados no relatório.

O relatório conclui que os interrogatórios violentos não produziram nenhum dado de inteligência crucial que não poderia ter sido obtido com meios não coercivos.

Ex-líderes da CIA e do governo, incluindo o ex-vice presidente Dick Cheney, questionam a conclusão do documento.

Não ficou claro se a análise irá levar a novas tentativas de responsabilizar os envolvidos.

O prazo legal para contestar muitas das ações prescreveu. Na segunda-feira o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse que os presidente dos EUA, Barack Obama, apoiou a divulgação pública do documento “para que as pessoas em todo o mundo e aqui em casa entendam exatamente o que transpirou”.

O diretor-executivo do Sindicato Americano de Liberdades Civis, Anthony Romero, declarou em um artigo no jornal New York Times que Obama deveria emitir perdões oficiais para autoridades do alto escalão e outras para deixar claro que estas ações foram crimes e fazer com que “o governo norte-americano nunca mais torture”.

Dois parlamentares republicanos emitiram um comunicado classificando a liberação do relatório como “leviana e irresponsável”.

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