Merkel pede ao G20 disposição para chegar a acordo
Chanceler da Alemanha fez o pedido em um breve discurso ao abrir a primeira sessão de trabalho da cúpula do G20
EFE
Publicado em 7 de julho de 2017 às 11h44.
Última atualização em 7 de julho de 2017 às 11h53.
Hamburgo - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel , pediu nesta sexta-feira aos líderes dos países presentes na Cúpula do G20, em um discurso conciliador, disposição para chegar a acordos, mas sem que suas posturas fundamentais sejam desfeitas.
Merkel, em um breve discurso ao abrir a primeira sessão de trabalho da cúpula, se referiu dessa maneira aos problemas com os quais a Alemanha está se deparando para chegar a acordos na reunião devido às diferenças entre os países em questões-chave como comércio internacional, migração e mudança climática.
"Somente será possível buscar soluções se estivermos dispostos a fazer compromissos, se vamos ao encontro" do outro, assegurou a chefe de governo alemã.
Não obstante, Merkel advertiu que esta busca por um acordo não deveria "desfigurar" as posições fundamentais dos países, deixando irreconhecíveis as suas diferentes posturas, em referência, sem citá-lo, ao compromisso europeu com o Acordo de Paris, apesar de os Estados Unidos terem decidido abandoná-lo.
A população de todo o mundo, com as suas "preocupações, medos e urgências" está na expectativa pelos resultados da cúpula em Hamburgo, assegurou a chanceler, que pediu aos outros líderes que contribuam para "resolver os problemas" das pessoas.
Merkel disse acreditar que todos os líderes do G20 estão participando das sessões e negociações com esse "espírito", e que contribuam para "resolver" os problemas.
"Espero que todos se esforcem para que possamos alcançar este objetivo aqui", disse a chanceler, que acrescentou que "o tempo está pressionando".
Entre os temas principais da consulta estão a mudança climática, o comércio internacional, a política energética, a luta pela igualdade da mulher e a África, indicou a chanceler.
Em vários desses pontos há diferenças notáveis entre os participantes, especialmente com as mudanças em Washington por causa da chegada de Donald Trump à presidência dos EUA.
Donald Trump, que colocou em dúvida os acordos comerciais de seu país e abandonou o Acordo de Paris contra a mudança climática, se afastou da Europa nesta questão, pois a União Europeia defende o livre comércio e a luta contra o aquecimento global.