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Merkel diz que cabe a May marcar relação entre Londres e UE

A mudança no poder em Londres fará com que o Reino Unido adote, além disso, as medidas oportunas para a "invocação do artigo 50", lembrou Merkel


	Angela Merkel: ela mostrou sua compreensão com a "especial preocupação" irlandesa para a materialização dessa saída
 (Hannibal Hanschke / Reuters)

Angela Merkel: ela mostrou sua compreensão com a "especial preocupação" irlandesa para a materialização dessa saída (Hannibal Hanschke / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2016 às 12h22.

Berlim .- A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse nesta terça-feira que corresponde à futura primeira-ministra britânica, Theresa May, marcar o caminho para a relação futura do Reino Unido com a União Europeia (UE) e insistiu que não haverá negociação a respeito até que Londres formalize seu pedido para a saída do país do bloco comunitário.

A mudança no poder em Londres fará com que o Reino Unido adote, além disso, as medidas oportunas para a "invocação do artigo 50, necessário para que seja formalizado o pedido de saída desse país da UE", lembrou Merkel, em um comparecimento com o primeiro-ministro irlandês, Enda Kenny.

"Vemos com bons olhos que tenha acelerado a mudança no poder", apontou por sua parte o chefe do governo irlandês, já que isso favorece que o Reino Unido passe à "fase ativa" e invoque esse artigo, que regula a saída de um país da UE.

Merkel mostrou sua compreensão com a "especial preocupação" irlandesa para a materialização dessa saída, dadas as "relações específicas" entre seu país e Reino Unido.

"Temos sólidas relações comerciais com o Reino Unido que por certamente aspiramos manter", disse Merkel, para acrescentar que esse é também o "desejo partilhado" pelos 27, "certamente muito especialmente a Irlanda".

"A decisão sobre como será a relação do Reino Unido com a UE corresponde a seu governo", insistiu a chanceler, para enfatizar que tudo depende de quando Londres formalizar seu pedido, já que antes disso não pode haver negociação.

Kenny, por sua vez, advertiu que "permanecer no mercado comum tem um preço" e que para que o Reino Unido o alcance, deve garantir que será mantido o preceito da livre circulação de cidadãos e mercadorias quando deixar de ser membro da UE.

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