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Após meses de incerteza, Merkel finalmente alcança a coalizão

Acordo pode acabar com turbulência política na Alemanha, depois do fracasso da 1ª tentativa da chanceler, uma aliança com liberais e verdes

Merkel e Schulz: social-democratas assumirão previsivelmente, entre outros departamentos, os ministérios de Relações Exteriores, Finanças e Trabalho (Hannibal Hanschke/Reuters)
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EFE

Publicado em 7 de fevereiro de 2018 às 08h11.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2018 às 13h22.

Berlim - O bloco conservador da chanceler alemã , Angela Merkel, e os social-democratas de Martin Schulz alcançaram nesta quarta-feira um acordo para formar um governo de coalizão, mais de quatro meses após as eleições, segundo informou o site da revista "Der Spiegel".

Após cerca de 24 horas reunidas na sede da União Democrata-Cristã (CDU) em Berlim, fontes das equipes negociadores citadas pelos meios de comunicação assinalaram que se superaram as principais discrepâncias e já se decidiu a distribuição dos ministérios, ainda que falte fechar definitivamente um ou outro ponto.

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Os social-democratas assumirão previsivelmente, entre outros departamentos, os ministérios de Relações Exteriores, Finanças e Trabalho.

O acordo pode acabar com um longo período de incerteza política na Alemanha, depois que em novembro fracassou a primeira tentativa de Merkel, uma aliança com liberais e verdes.

No entanto, este pacto ainda deve ser referendado em uma consulta vinculativa à qual estão convocados os cerca de 464.000 militantes social-democratas, mais de 24.000 deles filiados no início do ano.

Resta saber quantos deles atenderão ao chamado da juventude socialista, que pediu para os novos filiados votarem "não" à grande coalizão com Merkel.

As negociações entre conservadores e social-democratas se prolongaram além do prazo inicialmente previsto, que concluía no domingo.

Merkel admitiu ontem, no início da última jornada de reuniões, que seriam necessários "compromissos dolorosos" de ambas partes e se mostrou "disposta" a enfrenta-los se as vantagens predominassem sobre as desvantagens pelo "bem do país".

Schulz, por sua parte, assegurou ter "bons motivos" para supor que alcançariam nesta jornada "resultados bons, construtivos, sólidos e compartilhados" para a Alemanha e para formar um "governo estável" e "duradouro".

As conversas com o SPD foram especialmente complexas porque, após seu desastre nas eleições de setembro, os social-democratas tinham se recusado a reeditar a grande coalizão da última legislatura (2013-2017).

Em meio a fortes pressões, Schulz deu um giro de 180 graus, negociou um pré-acordo com Merkel e convenceu seu partido em um congresso extraordinário que deviam iniciar conversas formais, ainda que só 56% de seus correligionários tenha dado o sinal verde.

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