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Mediadores entre Israel e Hamas se reúnem no Egito para nova tentativa de cessar-fogo em Gaza

Os chefes das delegações do Egito, Estados Unidos e Catar irão se encontrar com a parte israelense na quarta-feira, 21

O secretário de Estado americano, Antony Blinken (E), e o presidente de Israel, Isaac Herzog, durante reunião em Tel Aviv, em 19 de agosto de 2024 (AFP)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 20 de agosto de 2024 às 12h36.

Os chefes das delegações mediadoras de Egito, Estados Unidos e Catar irão se reunir na quarta-feira, 21, com a parte israelense no Cairo com o objetivo de “construir pontes” e fechar as lacunas que impedem a conclusão com êxito das negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, disse à Agência EFE uma fonte próxima das negociações.

Existe a possibilidade de “continuar as reuniões no Cairo na quinta e sexta-feira” e prolongar as negociações depois de que o primeiro-ministro de Israel, “(Benjamin) Netanyahu ter introduzido dois novos obstáculos”, segundo esta mesma fonte, que pediu anonimato devido à sensibilidade do assunto.

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Neste sentido, fez referência às exigências de Israel para assumir o controle do corredor Netzarim, no meio da Faixa de Gaza, e do eixo Filadélfia, na fronteira entre o enclave palestino com o Egito; novas exigências que o grupo islâmicoHamasrejeita.

A exigência de Israel de exercer um controle permanente sobre estes dois eixos estratégicos em Gaza ameaça colapsar as conversas de cessar-fogo que procuram pôr fim à guerra que já dura há mais de dez meses, conseguir a libertação de dezenas de reféns e evitar a eclosão de uma guerra regional mais ampla, segundo este informante.

Especificamente, “Israel quer uma presença militar permanente no eixo Salah al Din (Corredor Filadélfia) ao longo da fronteira Gaza-Egito, e no eixo central (Corredor Netzarim), que separa o norte e o sul de Gaza ”.

"A delegação israelense que participa nas negociações acredita que controlar a zona fronteiriça com o Egito é necessário para evitar que o Hamas reabasteça seu arsenal de armas através de túneis de contrabando", acrescentou sobre a insistência de Israel em manter o controle de ambos os eixos.

Da mesma forma, outra razão pela qual a delegação israelense insiste em manter o controle nessas áreas é que “Israel precisa impedir que os combatentes do Hamas regressem ao norte da Faixa de Gaza, que está em grande parte isolado desde outubro”, sempre segundo esta fonte.

Ele também detalhou que o Hamas rejeitou essas exigências, que “não apareciam em versões anteriores da proposta de cessar-fogo”. Além disso, o grupo palestino considerou que “qualquer presença israelense permanente em Gaza equivaleria a uma ocupação militar”.

O Egito, que desempenhou o principal papel de mediação nas negociações que duraram meses, também se opõe fortemente à presença israelense através de sua fronteira em Gaza.

Neste dia, o presidente egípcio, Abdel Fattah al Sisi, disse ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em seu encontro no Cairo que "chegou a hora de acabar com a guerra em curso, de recorrer à voz da razão e da sabedoria", depois que o Hamas expressou hoje sua frustração com a última proposta de trégua.

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