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May oferece mais poderes às autonomias do Reino Unido após Brexit

Quando a ruptura com a UE se materializar, o Reino Unido recuperará competências em diversas áreas que até agora eram administradas por Bruxelas

Theresa May: "Desde o princípio, e durante todas as negociações, falaremos como um único Reino Unido", detalhou May (Stefan Wermuth/Reuters)
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EFE

Publicado em 29 de março de 2017 às 10h55.

Londres - A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May , ofereceu nesta quarta-feira mais poderes às autonomias do país após o Brexit na carta em que comunicou à União Europeia (UE) sua intenção de deixar o bloco comunitário.

"Este governo espera que o resultado deste processo seja um aumento significativo do poder de decisão de cada uma das administrações autônomas", disse May na carta entregue ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

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A possibilidade da saída do Reino Unido da UE levou o governo autônomo escocês a reivindicar um novo referendo de independência e avivou as tensões na Irlanda do Norte, onde pode mudar o status da fronteira com a República da Irlanda após o "Brexit".

"Desde o princípio, e durante todas as negociações, falaremos como um único Reino Unido", detalhou May, que reafirmou seu compromisso de "levar em conta os interesses específicos de cada uma das regiões e nações" que compõem o Estado (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte).

Quando a ruptura definitiva com a UE se materializar, previsivelmente no primeiro semestre de 2019, o Reino Unido recuperará competências em diversas áreas que até agora eram administradas por Bruxelas.

"Consultaremos plenamente que poderes devem residir em Westminster e quais devem ser devolvidos a Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte", especificou a chefe de governo conservadora.

O Executivo britânico ativou o artigo 50 do Tratado de Lisboa um dia depois que o parlamento autônomo escocês aprovou uma moção que solicita a convocação de um novo referendo de independência, depois que em 2014 os partidários da permanência no Reino Unido venceram com um 55,3% dos votos.

No entanto, May disse nos últimos dias que este "não é o momento" de realizar uma nova consulta, mas o de mostrar "unidade" diante das próximas negociações com Bruxelas.

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