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May agradece países aliados por expulsão de diplomatas russos

Trata-se da maior expulsão coletiva de agentes de inteligência russa na história, afirmou a primeira-ministra

O Reino Unido conta com o apoio do UE e da Otan para enfrentar ameaças, disse May (Hannah McKay/Reuters)
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EFE

Publicado em 26 de março de 2018 às 15h53.

Londres - A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May , agradeceu nesta segunda-feira o "esforço coletivo" de 18 países que expulsaram cerca de 100 diplomatas russos, aos quais qualificou de "agentes de inteligência" de Moscou , em resposta ao ataque ao ex-espião Serguei Skripal em solo britânico.

"Trata-se da maior expulsão coletiva de agentes de inteligência russa na história", disse May durante um comparecimento na Câmara dos Comuns para falar da reunião do Conselho Europeu realizada na semana passada.

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A chefe do Governo britânico disse que 15 Estados-membros da União Europeia (UE), incluindo seu país, bem como os Estados Unidos , Canadá e Ucrânia, anunciaram a expulsão de diplomatas russos como medida contra "as continuadas tentativas da Rússia de violar o direito internacional".

Para May, o "regime" do presidente russo, Vladimir Putin, "está fazendo atos de agressão contra os nossos valores compartilhados e interesses, dentro do nosso continente e além".

"Como democracia europeia soberana, o Reino Unido se manterá ombro com ombro com a União Europeia e a Otan para enfrentar essas ameaças lado a lado", acrescentou May, que ressaltou a "enorme solidariedade" que o Reino Unido encontrou por parte de "amigos e aliados".

Londres considera o Kremlin responsável do ataque com um agente nervoso de uso militar que em 4 de março em Salisbury (Inglaterra) que deixou Skripal e sua filha, Yulia, em estado crítico.

Na passada semana, os líderes da UE respaldaram a posição do Reino Unido ao admitir que é "altamente provável" que o Estado russo esteja por trás do envenenamento.

O Governo americano anunciou hoje a expulsão de 60 funcionários russos em resposta ao ataque contra Skripal.

Washington acusou os expulsados de terem realizado tarefas de informação amparados na imunidade diplomática.

Diversos países da União Europeia informaram também hoje sobre a intenção de expulsar diplomatas enviados por Moscou, enquanto o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, falou que "não foram excluídas medidas adicionais" nos próximos dias.

O Governo russo, por sua vez, assegurou que responderá de maneira "recíproca" às expulsões ordenadas contra pessoal das suas legações diplomáticas.

 

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