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Marrocos reafirma rejeição a normalizar relações com Israel

Abu lembrou que seu governo "é obrigado a respeitar as decisões da Liga Árabe e da Organização da Cooperação Islâmica sobre o boicote à entidade israelense"

Marrocos: Abu lembrou que seu governo "é obrigado a respeitar as decisões da Liga Árabe e da Organização da Cooperação Islâmica sobre o boicote à entidade israelense" (Thinkstock/Danpixel)
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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2016 às 12h22.

Rabat - O governo marroquino voltou a ressaltar sua rejeição à normalização das relações com Israel , nem sequer na área comercial, e atribui a entrada de produtos israelenses no Marrocos a supostas máfias de contrabando.

O vice-ministro de Comércio Exterior , Mohammed Abu, que discursava ontem na Câmara dos Representantes, mostrou documentos alfandegários e do Escritório de Mudanças (que regula os intercâmbios exteriores) que supostamente testemunham que não há comércio com Israel, segundo recolhem nesta quarta-feira vários veículos de imprensa marroquinos.

Abu lembrou que seu governo "é obrigado a respeitar as decisões da Liga Árabe e da Organização da Cooperação Islâmica sobre o boicote à entidade israelense", evitando inclusive o uso da palavra "estado".

O ministro respondia assim a uma polêmica que dura várias semanas sobre a presença ou não de tâmaras israelenses no mercado marroquino (grande consumidor deste fruto durante o Ramadã), e Abu disse que, caso existam tâmaras israelenses, procedem do contrabando e sofreram "uma falsificação da origem".

No entanto, o grupo socialista garantiu em sua réplica que trocas anuais de US$ 50 milhões "não podem ser mero fruto do contrabando", em referência ao número que habitualmente é citado pela "Iniciativa marroquina de boicote a Israel".

Os grupos que conformam esta iniciativa asseguraram nesta mesma semana que há um tráfego semanal de nove cargueiros com contêineres entre o porto israelense de Jaffa e os marroquinos de Casablanca e Tanger Med, fretados pela empresa israelense ZIM, filial do holding Israel Corporation.

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Abu lembrou que seu governo "é obrigado a respeitar as decisões da Liga Árabe e da Organização da Cooperação Islâmica sobre o boicote à entidade israelense", evitando inclusive o uso da palavra "estado".

O ministro respondia assim a uma polêmica que dura várias semanas sobre a presença ou não de tâmaras israelenses no mercado marroquino (grande consumidor deste fruto durante o Ramadã), e Abu disse que, caso existam tâmaras israelenses, procedem do contrabando e sofreram "uma falsificação da origem".

No entanto, o grupo socialista garantiu em sua réplica que trocas anuais de US$ 50 milhões "não podem ser mero fruto do contrabando", em referência ao número que habitualmente é citado pela "Iniciativa marroquina de boicote a Israel".

Os grupos que conformam esta iniciativa asseguraram nesta mesma semana que há um tráfego semanal de nove cargueiros com contêineres entre o porto israelense de Jaffa e os marroquinos de Casablanca e Tanger Med, fretados pela empresa israelense ZIM, filial do holding Israel Corporation.

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