Marinha israelense aborda navio humanitário que seguia a Gaza
Segundo porta-voz militar israelense, os soldados invadiram o navio após tentativas de comunicação terem sido ignoradas
Da Redação
Publicado em 19 de julho de 2011 às 08h48.
Jerusalém - A Marinha israelense abordou nesta terça-feira o "Dignité-Al Karama" (Dignidade), navio francês do comboio humanitário que navegava em direção a Gaza, e assumiu o controle da embarcação.
Os soldados israelenses "abordaram o navio sem encontrar resistência e o estão rebocando até o porto de Ashdod", no litoral mediterrâneo de Israel, disse um porta-voz militar israelense à Agência Efe.
A Marinha só atuou "depois que todos os canais diplomáticos fossem esgotados e as contínuas ligações para navio ignoradas", indicou um comunicado militar em que acrescentou que, ao negar-se a desviar para Ashdod, "foi necessário abordar o barco".
Os militares israelenses "tomaram todas as precauções necessárias e dessa vez evitaram causar ferimentos aos ativistas, além de garantir a segurança dos soldados", diz o comunicado, que explicou que após a abordagem foi verificado o estado de saúde dos passageiros e oferecido a eles comida e bebida.
A Polícia israelense vai interrogar todos os ativistas, jornalistas e a tripulação, que estão sob a custódia do Ministério do Interior e a Autoridade de Imigração.
A ordem de tomar a embarcação foi dada diretamente pelo chefe do Estado-Maior israelense, o general Benny Gantz, depois que a tripulação do "Dignité-Al Karama" rejeitasse alterar o rumo em direção à faixa palestina, segundo a versão digital do diário israelense "Ha'aretz", que tem um jornalista na embarcação.
Navios da Marinha israelense começaram a seguir de perto o iate, de 19 metros de comprimento, quando este estava a 50 milhas náuticas do litoral de Gaza e exigiram que identificasse o destino final e informasse sobre a presença de armas a bordo, indicou o rotativo.
Um dos ativistas respondeu que o porto de destino era Gaza e que não havia nenhum tipo de armas a bordo.
O porta-voz militar não respondeu à pergunta da Efe sobre se a intercepção do "Dignité" ocorreu em águas internacionais ou nas águas exclusivas de Gaza.
"O Dignité foi abordado de forma ilegal em águas internacionais, quando estava a 40 milhas de distância do litoral palestino", disse à Efe a partir de Paris Julien Rivoire, porta-voz da organização francesa que fretou a embarcação.
"É a segunda vez que os israelenses abordam uma embarcação com delegação pacífica que quer chegar a Gaza para levar uma mensagem de apoio da comunidade internacional", destacou Rivoire e afirmou que "a abordagem de um navio civil em águas internacionais é ilegal, como também o bloqueio marítimo imposto por Israel a Gaza".
O "Dignité-Al Karama", único barco do comboio humanitário que conseguiu driblar as autoridades gregas e partir rumo à faixa palestina, levava a bordo dez ativistas e três tripulantes, além de três jornalistas, uma de "Ha'aretz" e dois da rede de televisão catariana "Al Jazeera".
Jerusalém - A Marinha israelense abordou nesta terça-feira o "Dignité-Al Karama" (Dignidade), navio francês do comboio humanitário que navegava em direção a Gaza, e assumiu o controle da embarcação.
Os soldados israelenses "abordaram o navio sem encontrar resistência e o estão rebocando até o porto de Ashdod", no litoral mediterrâneo de Israel, disse um porta-voz militar israelense à Agência Efe.
A Marinha só atuou "depois que todos os canais diplomáticos fossem esgotados e as contínuas ligações para navio ignoradas", indicou um comunicado militar em que acrescentou que, ao negar-se a desviar para Ashdod, "foi necessário abordar o barco".
Os militares israelenses "tomaram todas as precauções necessárias e dessa vez evitaram causar ferimentos aos ativistas, além de garantir a segurança dos soldados", diz o comunicado, que explicou que após a abordagem foi verificado o estado de saúde dos passageiros e oferecido a eles comida e bebida.
A Polícia israelense vai interrogar todos os ativistas, jornalistas e a tripulação, que estão sob a custódia do Ministério do Interior e a Autoridade de Imigração.
A ordem de tomar a embarcação foi dada diretamente pelo chefe do Estado-Maior israelense, o general Benny Gantz, depois que a tripulação do "Dignité-Al Karama" rejeitasse alterar o rumo em direção à faixa palestina, segundo a versão digital do diário israelense "Ha'aretz", que tem um jornalista na embarcação.
Navios da Marinha israelense começaram a seguir de perto o iate, de 19 metros de comprimento, quando este estava a 50 milhas náuticas do litoral de Gaza e exigiram que identificasse o destino final e informasse sobre a presença de armas a bordo, indicou o rotativo.
Um dos ativistas respondeu que o porto de destino era Gaza e que não havia nenhum tipo de armas a bordo.
O porta-voz militar não respondeu à pergunta da Efe sobre se a intercepção do "Dignité" ocorreu em águas internacionais ou nas águas exclusivas de Gaza.
"O Dignité foi abordado de forma ilegal em águas internacionais, quando estava a 40 milhas de distância do litoral palestino", disse à Efe a partir de Paris Julien Rivoire, porta-voz da organização francesa que fretou a embarcação.
"É a segunda vez que os israelenses abordam uma embarcação com delegação pacífica que quer chegar a Gaza para levar uma mensagem de apoio da comunidade internacional", destacou Rivoire e afirmou que "a abordagem de um navio civil em águas internacionais é ilegal, como também o bloqueio marítimo imposto por Israel a Gaza".
O "Dignité-Al Karama", único barco do comboio humanitário que conseguiu driblar as autoridades gregas e partir rumo à faixa palestina, levava a bordo dez ativistas e três tripulantes, além de três jornalistas, uma de "Ha'aretz" e dois da rede de televisão catariana "Al Jazeera".