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Marine Le Pen perto de formar coalizão formal de eurocéticos

Frante Nacional prometeu que tentará com quatro outros partidos bloquear qualquer integração mais profunda da União Europeia

Marine Le Pen, do partido conservador francês Frente Nacional, chega para uma conferência de imprensa no Parlamento Europeu, em Bruxelas (Francois Lenoir/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2014 às 17h14.

Bruxelas - Grande vencedora da eleição parlamentar europeia na França , a Frente Nacional de Marine Le Pen fechou um acordo com quatro outros partidos eurocéticos nesta quarta-feira, e prometeu que tentarão bloquear qualquer integração mais profunda da União Europeia.

Após a vitória retumbante na votação de domingo, o partido francês anti-imigração se juntou ao holandês Partido da Liberdade, de Geert Wilders, à Liga Norte italiana, ao Partido da Liberdade da Áustria e ao belga Vlaams Belang (Interesse Flamenco).

Com isso, o grupo precisa só de mais dois partidos para o número necessário para uma coalizão formal no Parlamento, mas Le Pen, confiante, descartou quaisquer dúvidas de que seja capaz de encontrar mais dois aliados. As conversas estão em andamento, disse.

Atacando uma “Europa totalitária, tecnocrática", ela declarou em uma coletiva de imprensa em Bruxelas que “não estamos nada preocupados com a existência de nosso novo grupo”. Manifestantes do lado de fora protestavam contra seu partido enquanto ela falava.

“Tentaremos bloquear todos os novos avanços da União Europeia com nossos votos, tentaremos bloquear todas as medidas voltadas a uma maior integração federalista, que ocorre para detrimento de nosso povo”, afirmou, flanqueada por representantes das outras quatro legendas.

O pleito do final de semana viu um aumento no apoio a partidos eurocéticos na direita e na esquerda, já que os eleitores expressaram seu descontentamento com o desemprego crescente e economias estagnadas.

O quê: eleições parlamentares Quando: abrilO atual primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, está de olho em um terceiro mandato depois do Supremo Tribunal Federal iraquiano derrubar a lei que limitava os mandatos a dois.Maliki não tem a maioria das províncias depois das eleições regionais de 2013, o que o enfraquece. Por outro lado, os vários opositores podem decidir que mantê-lo no cargo é melhor do que uma mudança que aumentaria a instabilidade.O novo líder terá de enfrentar um Iraque muito violento: desde 2008 a violência não era tão grande. Em 2013, foram quase 9 mil assassinatos.
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    2 /4(MUSTAFA OZER/AFP/Getty Images)

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    3 /4(EVARISTO SA/AFP/Getty Images)

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