Mansur promete respeitar calendário eleitoral do Egito
Em primeira entrevista na TV após assumir cargo, presidente interno reafirmou que autoridades vão prosseguir com "plano" anunciado pelo Exército após deposição
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 20h44.
O presidente interino do Egito , Adly Mansour, se comprometeu na noite desta terça-feira respeitar os prazos fixados para a realização de eleições e estimou que o estado de emergência instaurado após a sangrenta repressão às manifestações islâmicas será suspenso em meados de setembro.
Em sua primeira entrevista na TV após assumir o cargo, há dois meses, Mansour reafirmou que as autoridades vão prosseguir com o "plano" anunciado pelo Exército após a destituição do presidente islâmico, Mohamed Mursi, no dia 3 de julho.
"Nos comprometemos a respeitar o calendário em todas as próximas etapas", disse Mansour, que no domingo anunciou a composição do "Comitê dos 50" - encarregado de revisar a Constituição - formado principalmente por membros das correntes liberais e de esquerda.
A revisão da Constituição é uma das principais tarefas previstas no "plano", que propõe ainda um referendo constitucional e eleições legislativas e presidencial, no início de 2014.
Na entrevista de mais de uma hora à TV estatal, Mansour afirmou que o estado de emergência - instaurado após a violenta repressão aos partidários de Mursi, em 14 de agosto - será reavaliado em meados de setembro.
Após justificar a medida excepcional pela necessidade de se "defender os cidadãos contra o terrorismo", Mansour disse que "não espera que o estado de emergência se prorrogue além" de meados de setembro "caso a situação melhore".
Sobre a brutal repressão de 14 de agosto, que deixou centenas de mortos - a maioria partidários de Mursi - e provocou indignação em todo o mundo, Mansour estimou que a polícia agiu "conforme os padrões internacionais".
Sobre a acusação de uso de armas químicas por parte do regime sírio contra civis, Mansour afirmou que condena "o uso de armas químicas por qualquer parte", mas estimou que são os inspetores da ONU que devem determinar a autoria do ataque, que Damasco atribui aos rebeldes.
Em relação ao Qatar, que apoia a Irmandade Muçulmana, de Mursi, o presidente interino advertiu que "a paciência" do Egito está "acabando".
Ao contrário do vizinho Qatar, vários Estados do Golfo, liderados por Arábia Saudita, têm apoiado os militares, que derrubaram Mursi após milhares de pessoas ocuparem as ruas exigindo a saída do presidente islâmico.
O presidente interino do Egito , Adly Mansour, se comprometeu na noite desta terça-feira respeitar os prazos fixados para a realização de eleições e estimou que o estado de emergência instaurado após a sangrenta repressão às manifestações islâmicas será suspenso em meados de setembro.
Em sua primeira entrevista na TV após assumir o cargo, há dois meses, Mansour reafirmou que as autoridades vão prosseguir com o "plano" anunciado pelo Exército após a destituição do presidente islâmico, Mohamed Mursi, no dia 3 de julho.
"Nos comprometemos a respeitar o calendário em todas as próximas etapas", disse Mansour, que no domingo anunciou a composição do "Comitê dos 50" - encarregado de revisar a Constituição - formado principalmente por membros das correntes liberais e de esquerda.
A revisão da Constituição é uma das principais tarefas previstas no "plano", que propõe ainda um referendo constitucional e eleições legislativas e presidencial, no início de 2014.
Na entrevista de mais de uma hora à TV estatal, Mansour afirmou que o estado de emergência - instaurado após a violenta repressão aos partidários de Mursi, em 14 de agosto - será reavaliado em meados de setembro.
Após justificar a medida excepcional pela necessidade de se "defender os cidadãos contra o terrorismo", Mansour disse que "não espera que o estado de emergência se prorrogue além" de meados de setembro "caso a situação melhore".
Sobre a brutal repressão de 14 de agosto, que deixou centenas de mortos - a maioria partidários de Mursi - e provocou indignação em todo o mundo, Mansour estimou que a polícia agiu "conforme os padrões internacionais".
Sobre a acusação de uso de armas químicas por parte do regime sírio contra civis, Mansour afirmou que condena "o uso de armas químicas por qualquer parte", mas estimou que são os inspetores da ONU que devem determinar a autoria do ataque, que Damasco atribui aos rebeldes.
Em relação ao Qatar, que apoia a Irmandade Muçulmana, de Mursi, o presidente interino advertiu que "a paciência" do Egito está "acabando".
Ao contrário do vizinho Qatar, vários Estados do Golfo, liderados por Arábia Saudita, têm apoiado os militares, que derrubaram Mursi após milhares de pessoas ocuparem as ruas exigindo a saída do presidente islâmico.