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Manifestantes bloqueiam acesso a ministérios na Grécia

Atenas admitiu no domingo que não vai cumprir a meta de déficit de 2011, apesar das duras medidas de austeridade, que causaram novos protestos

Cerca de 20 manifestantes do sindicato PAME, afiliado ao comunismo, ocuparam brevemente o escritório do ministro do Trabalho (Panagiotis Tzamaros/AFP Photo)
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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2011 às 08h47.

Atenas - Trabalhadores do setor público da Grécia bloquearam o acesso a diversos ministérios nesta terça-feira para protestar contra medidas de austeridade, atrapalhando as negociações de inspetores da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional sobre uma nova parcela da ajuda financeira ao país.

O governo do Partido Socialista, que chegou ao poder há dois anos com a promessa de ajudar os pobres e taxar os ricos, está enfrentando pressão crescente de eleitores prejudicados por uma série de aumentos de impostos e cortes de salários definidos para conter a crise de dívida.

Atenas admitiu no domingo que não vai cumprir a meta de déficit de 2011 apesar das duras medidas de austeridade e aprovou planos impopulares de colocar dezenas de milhares de trabalhadores do setor público em um regime especial de emprego antes de uma possível demissão por excesso de pessoal.

"Há uma turbulência muito grande e uma irritação muito profunda na sociedade", disse o secretário-geral do sindicato do setor público ADEDY, Ilias Iliopoulos, à Reuters, enquanto participava dos protestos, que bloquearam a entrada de diversos prédios, incluindo o Ministério das Finanças.

"Os protestos de hoje principalmente têm a ver com o regime especial de emprego e as demissões. Mas há também o novo orçamento, que traz novas medidas contra o povo", afirmou ele, um dia antes da greve de 24 horas do sindicato do setor público e trabalhadores de serviços estatais.

Temores de um default na dívida derrubaram a bolsa de Atenas para o menor nível em 18 anos nesta terça-feira, com as ações de bancos gregos despencando ao menos 8 por cento. O euro atingiu a mínima em nove meses frente ao dólar e a menor cotação em 10 anos ante o iene.

Manifestantes também bloquearam o acesso a outros prédios públicos, como os ministérios do Trabalho, Agricultura, Cultura e Desenvolvimento, disse um policial. Eles fizeram o mesmo na quinta e sexta-feira, quando a inspeção da UE e do FMI às finanças gregas começou.


Cerca de 20 manifestantes do sindicato PAME, afiliado ao comunismo, ocuparam brevemente o escritório do ministro do Trabalho.

Na quarta-feira, aviões e trens serão interrompidos, escolas serão fechadas e hospitais terão equipe limitada por conta da greve dos trabalhadores em protesto contra a austeridade.

Ministros das Finanças da zona do euro concordaram na segunda-feira que a Grécia tem condições de esperar até meados de novembro, ao invés de meados de outubro, para receitar a próxima parcela de 8 bilhões de euros de seu programa de ajuda. Isso dá mais tempo aos inspetores da UE, FMI e Banco Central Europeu, conhecidos como troika, para colocar pressão sobre Atenas para realizar reformas.

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Atenas - Trabalhadores do setor público da Grécia bloquearam o acesso a diversos ministérios nesta terça-feira para protestar contra medidas de austeridade, atrapalhando as negociações de inspetores da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional sobre uma nova parcela da ajuda financeira ao país.

O governo do Partido Socialista, que chegou ao poder há dois anos com a promessa de ajudar os pobres e taxar os ricos, está enfrentando pressão crescente de eleitores prejudicados por uma série de aumentos de impostos e cortes de salários definidos para conter a crise de dívida.

Atenas admitiu no domingo que não vai cumprir a meta de déficit de 2011 apesar das duras medidas de austeridade e aprovou planos impopulares de colocar dezenas de milhares de trabalhadores do setor público em um regime especial de emprego antes de uma possível demissão por excesso de pessoal.

"Há uma turbulência muito grande e uma irritação muito profunda na sociedade", disse o secretário-geral do sindicato do setor público ADEDY, Ilias Iliopoulos, à Reuters, enquanto participava dos protestos, que bloquearam a entrada de diversos prédios, incluindo o Ministério das Finanças.

"Os protestos de hoje principalmente têm a ver com o regime especial de emprego e as demissões. Mas há também o novo orçamento, que traz novas medidas contra o povo", afirmou ele, um dia antes da greve de 24 horas do sindicato do setor público e trabalhadores de serviços estatais.

Temores de um default na dívida derrubaram a bolsa de Atenas para o menor nível em 18 anos nesta terça-feira, com as ações de bancos gregos despencando ao menos 8 por cento. O euro atingiu a mínima em nove meses frente ao dólar e a menor cotação em 10 anos ante o iene.

Manifestantes também bloquearam o acesso a outros prédios públicos, como os ministérios do Trabalho, Agricultura, Cultura e Desenvolvimento, disse um policial. Eles fizeram o mesmo na quinta e sexta-feira, quando a inspeção da UE e do FMI às finanças gregas começou.


Cerca de 20 manifestantes do sindicato PAME, afiliado ao comunismo, ocuparam brevemente o escritório do ministro do Trabalho.

Na quarta-feira, aviões e trens serão interrompidos, escolas serão fechadas e hospitais terão equipe limitada por conta da greve dos trabalhadores em protesto contra a austeridade.

Ministros das Finanças da zona do euro concordaram na segunda-feira que a Grécia tem condições de esperar até meados de novembro, ao invés de meados de outubro, para receitar a próxima parcela de 8 bilhões de euros de seu programa de ajuda. Isso dá mais tempo aos inspetores da UE, FMI e Banco Central Europeu, conhecidos como troika, para colocar pressão sobre Atenas para realizar reformas.

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