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Malásia deportará norte-coreano detido após morte de Kim Jong-nam

Malásia vai deportar o químico norte-coreano Ri Jong Chol, que não tem acusações contra ele, mas foi detido durante investigações da morte de Kim Jong-nam

Polícia da Malásia: país acredita que as duas mulheres presas pelo assassinato foram recrutadas (Edgar Su/Reuters)
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EFE

Publicado em 2 de março de 2017 às 08h47.

Bangcoc - O procurador-geral da Malásia confirmou nesta quinta-feira que as autoridades de seu país deportarão o químico norte-coreano preso durante a investigação do assassinato em Kuala Lumpur de Kim Jong-nam, irmão do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un.

Ri Jong Chol, que ainda não tem acusações contra ele e cuja prisão provisória chega ao fim na sexta-feira, será transferido amanhã para o departamento de Imigração que vai enviá-lo a seu país de origem, de acordo com a emissora de TV "Channel News Ásia".

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Segundo a polícia, o visto temporário de trabalho do norte-coreano expirou em 6 de fevereiro, dias antes da morte por envenenamento de Kim Jong-nam quando imprimia o cartão de embarque em um terminal de embarque do Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur.

A Justiça da Malásia indiciou ontem por assassinato as duas suspeitas presas, a indonésia Siti Aisha e a vietnamita Doan Thi Huong, que atacaram Kim Jong-nam no aeroporto e esfregaram em seu rosto o "agente nervoso VX", que acabou o matando em questão de minutos.

A polícia local acredita que as duas mulheres foram recrutadas para realizar o assassinato pelos quatro norte-coreanos que fugiram para Pyongyang o mesmo dia do crime e que estão sendo procurados pela Interpol.

As suspeitas, por sua vez, alegaram que achavam ter sido contratadas para fazer uma piada com a vítima para um programa de televisão.

As autoridades da Malásia também pediram para interrogar um diplomata da embaixada norte-coreana e um funcionário da empresa aérea estatal que teriam sido vistos se despedindo dos quatro suspeitos no aeroporto.

Uma delegação norte-coreana chegou na terça-feira em Kuala Lumpur para reivindicar o corpo de Kim Jong-nam, que viajava com um passaporte diplomático com o nome de Kim Chol.

Coreia do Sul e Estados Unidos atribuíram o assassinato de Kim Jong-nam a agentes norte-coreanos, enquanto Pyongyang questionou ao investigação policial e acusou as autoridades da Malásia de conspirar com seus inimigos.

Os atritos diplomáticos por causa do incidente entre Coreia do Norte e Malásia fizeram com que o governo de Kuala Lumpur anunciasse hoje o cancelamento do acordo de isenção de vistos temporários para os cidadãos norte-coreanos de visita em seu país.

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