Família deixa para trás uma coluna de fumaça, em Al Bara, Síria: desde o início da guerra civil na Síria, em março de 2011, morreram mais de 100 mil pessoas (Daniel Leal Olivas/AFP)
Da Redação
Publicado em 18 de agosto de 2013 às 17h38.
Brasília – Cerca de 17 mil pessoas deixaram a Síria entre a última quinta-feira e ontem (17), cruzando a região fronteiriça de Peshkhabour em direção ao Curdistão, uma região autônoma do Iraque, segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), trata-se de um dos maiores fluxos de refugiados que a entidade está ajudando desde o início do levante contra o presidente Bashar Al Assad, em março de 2011.
As razões para o intenso e repentino fluxo de refugiados ainda não estão claras para as autoridades ligadas à ONU, embora haja relatos de aumento de confrontos violentos na região.
Para atender aos refugiados, o Acnur, o governo regional do Curdistão e entidades de assistência filantrópica estão organizando comboios em direção a cidades vizinhas. As instituições planejam montar um campo para abrigar estes grupos. Em nota divulgada na última quinta-feira, a ONU informou que o Acnur solicitou aos países da região que mantenham suas fronteiras abertas para receber sírios que buscam proteção.
Em razão de acusações mútuas feitas pelo governo sírio e pela oposição sobre o uso de armas químicas nos conflitos, uma missão da ONU, que foi adiada diversas vezes, chegou hoje (18) à capital, Damasco. A equipe formada por peritos internacionais é liderada pelo sueco Ake Sellstrom e deverá ficar na Síria por 14 dias para investigar a existência de arsenais de armas químicas no país.
Desde o início da guerra civil na Síria, em março de 2011, morreram mais de 100 mil pessoas e quase 7 milhões necessitam de ajuda humanitária de emergência, segundo balanço da ONU.
*Com informações da BBC Brasil