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Maioria dos latinos nos EUA tem pouca confiança na polícia

54% dos latinos nos EUA expressou algum nível de preocupação sobre a possibilidade de que a polícia use força excessiva contra suspeitos

Policiais da cidade de St. Louis, no estado norte-americano do Missouri: levantamento mostra a falta de confiança dos latinos frente à polícia americana (Michael B. Thomas/AFP)
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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2014 às 16h37.

Washington - A maioria dos latinos que vive nos Estados Unidos tem pouca confiança na ação da polícia, especialmente devido ao medo de uso excessivo da força, segundo uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira.

Segundo estudo realizado pelo instituto Pew, 54% dos latinos nos Estados Unidos expressou algum nível de preocupação sobre a possibilidade de que a polícia use força excessiva contra suspeitos.

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Em contrapartida, apenas 45% disseram que tinha alguma ou muita confiança de que isto não aconteça, segundo o Pew.

Da mesma forma, 51% dos latinos expressaram ter "pouca ou muito pouca confiança" de que a polícia trate membros desta comunidade da mesma forma que o resto dos brancos americanos, ao mesmo tempo em que 46% manifestaram "bastante ou muita" confiança em um tratamento.

Segundo o próprio instituto Pew, a visão geral de que os latinos nos Estados Unidos têm sobre a polícia é próxima da visão expressa pelos cidadãos negros.

Esta desconfiança dos latinos com relação à polícia, ao contrário, não impede que 63% dos integrantes da comunidade hispânica considere que os agentes são bem sucedidos na aplicação da lei.

Em 2008, este percentual era de 61%, segundo o instituto Pew.

O estudo é divulgado quase duas semanas depois dos violentos distúrbios na cidade de Ferguson, Missouri (centro), onde um policial branco matou com seis tiros um jovem negro desarmado.

O assassinato do jovem à queima-roupa e a violenta repressão dos protestos, com utilização da Guarda Nacional, sacudiram o país.

O secretário de Justiça dos Estados Unidos, Eric Holder, também afro-americano, viajou a Ferguson e se reuniu na semana passada com autoridades locais, com a família do jovem assassinado e com furiosos moradores da cidade.

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