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Maior central sindical boliviana lança partido opositor

O Instrumento Político dos Trabalhadores (IPT) foi fundado em um congresso da organização na cidade de Cochabamba, 400 km a sudeste de La Paz


	Evo Morales: IPT "nasceu do desejo dos trabalhadores de fazer atividade política a partir do pensamento político dos trabalhadores", acrescentou Adolfo Montoya
 (AFP/ Jorge Bernal)

Evo Morales: IPT "nasceu do desejo dos trabalhadores de fazer atividade política a partir do pensamento político dos trabalhadores", acrescentou Adolfo Montoya (AFP/ Jorge Bernal)

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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2013 às 17h13.

La Paz - A Central Operária Boliviana (COB), maior organização sindical do país, anunciou nesta sexta-feira a criação de seu próprio partido político e criticou os "erros" e a "má gestão" do presidente Evo Morales.

O Instrumento Político dos Trabalhadores (IPT) foi fundado em um congresso da organização na cidade de Cochabamba, 400 km a sudeste de La Paz, como uma "alternativa dos trabalhadores para a concretização dos objetivos da COB", declarou à imprensa o líder da formação, Juan Carlos Trujillo.

"Os trabalhadores têm visto que o governo (de Morales, que se considera socialista) tem muitos erros e realiza uma gestão péssima", disse Trujillo ao justificar a criação do novo partido.

O IPT "nasceu do desejo dos trabalhadores de fazer atividade política a partir do pensamento político dos trabalhadores", acrescentou Adolfo Montoya, o secretário de Relações da COB.

"O Instrumento Político deve tornar-se uma referência para o povo boliviano para uma verdadeira revolução com justiça social no país", ressaltou José Luis Delgado, secretário de Integração do sindicato.

A nova organização política deve protocolar sua inscrição no tribunal eleitoral boliviano para ter legalidade.

A COB foi fundada em 1952 por seu histórico líder Juan Lechin Oquendo e reúne todos os sindicatos de trabalhadores do país. Em 1970, chegou a fazer parte da Assembleia do Povo, que apoiou o general populista Juan José Torres, que morreu três anos depois em Buenos Aires.

Embora inicialmente tenha apoiado o presidente Morales em suas políticas de nacionalização, a atual liderança marcou distância do governo.

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